domingo, 15 de fevereiro de 2015

“As aventuras de um tímido, do garanhão, da lésbica, do sensível e de sua amiga gótica“. Season 01 Capitulo 03- A Aventura de Carnaval - (conclusão).

Anteriormente em AVDTGLSSAG: Marlon, o sensível, acorda no domingo de carnaval com a memoria apagada pelo álcool, na tentativa de preencher essa falha na memoria ele começa a interrogar seus amigos, o que será que eles aprontaram na noite passada?: 

00:00
─ Nós tínhamos recém chegado ao clube, como sempre a musica extremamente alta me dava dor de cabeça, entramos furando a fila, pois Daiane era conhecida do segurança da boate...
─ Por nada ─ Daiane interrompeu minha narrativa.
─ A casa estava lotada, muitas pessoas estavam mascaradas, logo na entrada haviam uma meia dúzia de pessoas vestidas de anjos, ou pelo menos com as assas de anjos por que já vestidas... ─ fiz uma pausa para refazer a imagem em minha mente, luzes piscando, mulheres dançando no ritmo da musica eletrônica com asas de penas coloridas, as luzes faziam com que seus movimentos fossem como os retirados de um sonho ─ logo que chegamos Daiane e Marcelo apertaram as mãos e desapareceram um para cada lado ─ “e isso que eles disseram que não iriam me largar em um canto”’ ─ eu fiquei contigo acho.
─ Ficou?! ─ todos perguntaram em uníssono.
            ─ Não! ─ me apressei a dizer ─ não deste jeito, só andei contigo para cima e pra baixo.
─ Hmm prossiga ─ encorajou Marlon.
─ Deixe eu ver, você me pagou umas bebidas, “eu não quero beber” disse eu, “por que? É carnaval!” disse você, daí eu bebi, depois ─ um lapso de memória ─ parece que nós se reunimos com uns amigos seus...
─ Quem eram eles? ─ quis saber Marlon.
─ Não sei ─ respondi ─ me ofereceram mais bebida eu disse: “não, obrigado, melhor eu parar por que daqui a pouco eu vou começar a dançar ulá-ulá em cima das mesas” acho que foi isso que disse ─ outro lapso...
Eu estou segurando uma bebida de cor azul, depois a memória fica fragmentada.
01:30
─ Primo até que em fim você apareceu ─ falei para Marcelo que tinha aparecido no meio da multidão ─ poxa isso que você disse que não ia me abandonar! ─ eu quase começo a chorar.
─ Uol! Parece que alguém bebeu hein? Foi mal cara, é que isto aqui é GUERRA!! ─ ele me responde, depois como um fleche da luz do clube, ele desaparece.
02:15
─ O Marcelo, esses gays são muito legais ─ falei soluçando, tudo girava, era minha imaginação ou eu estava vendo dois Marcelos?
─ Cuidado Nando, eles tão querendo abusar de você...
03:15
Eu estou em cima do balcão do bar tenho um cachecol de flores em volta do pescoço, há mais pessoas comigo todos gritamos cantamos e... DANÇAMOS ULÁ-ULÁ!”
─ Érr... a ultima coisa de que me lembro é de estar segurando um copo de bebida azul! ─ falei por fim enchendo a boca de cereal.
*************
Depois de Fernando terminar sua narrativa, Marcelo começou a rir.
─ Ok, próximo ─ todos olhamos para Daiane que não fala nada depois de alguns segundos em silencio eu a cutuco ela abre um dos olhos.
─ Ah!
**********
─ Vejamos ─ minha cabeça está pesada tudo que eu quero é dormir ─ nós chegamos ao “Buenas Noches” o Enrico nos deixa entrar, de graça, deixe me ver... 00:10 conheço a Jana, garota tímida, mas depois do primeiro copo foi fácil, 00:45 me despeço de Jana e combino de a encontrar mais depois, ah sim conheço a Talita, 1:30 conheço a Bii e a Joice, a Talita briga comigo ─ a imagem dela me jogando o copo de vodka me enche a memória ─ no banheiro eu conheço a Jana 2... deixe eu ver 02:00 a Bii briga com a Joice 03:00 estou de saída, encontro com a Jana 1 que esta um pouco alterada se é que você me entende, depois ah sim, encontro a Bruna, a ruiva ─ eu me apoio no braço direito para fitar Marcelo a você dever ter encontrado ela na saída.
─ Vocês dois são nojentos ─ Marlon nos repreende eu me encosto no sofá novamente, Nando se levanta e vai a cozinha, eu fecho os olhos ─ e quanto a mim? Você me viu? ─  pergunta Marlon aflito eu sorrio.
─ Uma vez te vi no trenzinho com o Kaique...
─ O QUE?! ─ Ele gritou.
─ Aham ─ concordei ─ outra vez te vi dançando com a caixa de som, e no fim, acho que o vi em cima do bar.
***********
Marcelo gargalha, quando Daiane termina de contar a história.
─ OK o risonho aqui acho que foi na missa cedo, pois ta cheio de graça, não é? O que você me diz? ─ pergunto a Marcelo ele se levanta de vagar.
─ Você ─ ele aponta para Nando que estava de volta da cozinha ─ Miojo, ficou bêbado antes mesmo de a festa começar, e sim se eu não tivesse de trazido para a casa, os seus novos amigos teriam abusado de ti, e gostei do ulá-ulá do final ─ as peças foram se encaixando na minha mente baseado nas poucas informações que obtive das historias narradas ─ você! ─ ele continuou apontando para Daiane ─ pode ter ganhado a batalha mais a guerra está longe de acabar ─ ele se virou para mim, “oh não o veredicto” ─ Sim seus amiguinhos foram muito maus com o Nando, e sim você estava dançando no bar também, e a ultima vez que eu te vi você esta entrando com a turma do céu, a qual o Nando nos contou que estava na porta da boate, e eu vou dormir, a minha conta é 2 sete e uma nove, não precisa me falar a sua eu as encontrei no corredor.
Marcelo saiu para o quarto pisando duro e resmunga ao passar por Nando “muito obrigado por isso!”, o garoto volta a sentar no sofá ao lado de Daiane tentando absorver tudo que lhe foi dito.
─ Cara as anjinhas? ─ ele me pergunta ─ eu pensei que você fosse gay!
Eu o olho sem palavras, bem no fim dou de ombros ─ Não sei podia ser, eu estava chapado! Vamos sair hoje? Eu chamo nossos amigos!
Ele arregala os olhos e sai da sala sem dizer nada, Daiane limitasse a sorrir depois vira para o lado e parece que entrar em um sono pesado, eu ligo a TV, mas o pensamento viaja “ Droga o que foi que eu fiz?! Será que me protegi?”.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

As aventuras de um tímido, do garanhão, da lésbica, do sensível e de sua amiga gótica“. Season 01 Capitulo 02- A Aventura de Carnaval - (part 1)

Domingo 15/02 11h
Quarto girando, “Deus espero que seja o meu quarto”, não vejo nada esta tudo escuro, mas sinto o mundo girando ao meu redor, “ah carnaval” ainda não consigo lembrar de muita coisa, e sinceramente não sei se quero me lembrar.
Faço a contagem todos os músculos doem, a cabeça também braços pernas, glúteos, hm... “pelo menos estou inteiro”. Sento na cama e sinceramente não sei onde fica o céu ou a terra, abro a cortina a luz do sol queima minhas retinas, “Filho da...”.
Depois de se acostumar com a claridade identifico a paisagem, a parede de concreto do prédio vizinho, sim eu estou em casa, o estomago ronca, hora do café.
Dou uma ultima olhada para o quarto, e uma memória fica embaçada na mente, ela seria a resposta do por que meu quarto esta cheio de penas e lingeries femininas?
— Ah, olá? — pergunto em voz alta, nenhuma resposta, um arrepio percorre minha espinha “o que foi que eu fiz?”
Saio do quarto, não encontrei ninguém, chego a porta do Ap 11 B, penso em bater, mas eu já não preciso disso abro a porta, o garoto novo esta sentado no sofá com uma tigela de cereal, ele me olha com a colher a meio caminho de volta a tigela, esta de pijama e o cabelo bagunçado.
— Hã, Bom Dia? — cumprimento, o garoto resmunga uma resposta “Tão Rude” reviro os olhos, e vou até geladeira e me sirvo — Então Grande Festa ontem não? — Tento extrair alguma informação do rapaz sentado no sofá, “Ou pelo menos iniciar uma conversação” não obtive nenhuma resposta audível, quando volto pra sala tenho a resposta paro o silencio, ele esta dormindo com a cabeça para traz e a colher na boca — Ah — sorrio com malicia, saco o celular do bolso e começo a tirar fotos — Bem vindo a capital!
Depois de terminar com a minha tigela de cereal Fernando acorda assustado.
— O que? Onde? Como?
— Uol! Calma ai docinho.
— Ah acho que cochilei, quem é você mesmo?
— Marlon, O vizinho.
— Ah o inquilino que não paga aluguel — ele murmura.
— Ain, doeu — Falei em um muxoxo — Indireta recebida com sucesso SR. — respondo batendo continência, no momento em que uma moça loira vem do corredor ajeitando o vestido e causando os sapatos Chanel, olha assustado para nós — Bom dia! — falo eu, a face da pobre garota fica vermelha e ela deixa o apartamento sem dizer nada — Vadiazinha sem vergonha é falta de educação deixar os outros no vácuo.
— Indireta recebida com sucesso — respondeu Fernando ao meu lado, voltando a comer.
— Então, que festa ontem hein? — tento novamente.
— O que? O que foi que eu fiz? — ele me olha assustado.
— Calma ai guri, Fez nada não — “Que eu me lembre”.
Ouvimos risos vindos do corredor, outras duas mulheres vêem dos quartos, uma ruiva e outra morena.
— Muito bom dia senhores — falou a ruiva ao passar.
— “Dia” — respondemos em uníssono.
— Vadiazinha atirada — falo depois que elas batem a porta.
— É parece que Marcelo fez a festa ontem – falou Fernando sorrindo malicioso.
— É? – respondo animado, pensando que teria alguma resposta.
— Amigo, essas paredes não são tão grossas quanto parecem — ele me fala “ HAHA Marcelo, doce criança” — e a festa aconteceu no quarto ao lado ao meu — Fernando sorria girando a colher na frente do rosto, até que a gravidade age sobre ela que cai na tigela quando ele a solta no momento em que Marcelo entra pela porta.
— Rá! “Bem vindo à capital”, você é uma criatura vil, bicha — Marcelo esta mexendo no celular e esta com a jaqueta de couro que vagamente me lembro de ver ele no inicio da noite de ontem — Que noite hein? — falou ele socando meu ombro ao se sentar ao meu lado no sofá — como foi sua noite no paraíso? Dormiu com as Anjinhas?
— Anjinhas? — “Paraiso? Anjinhas? Bebedeira, memória apagada pelo álcool, Penas pelo quarto? Langeris femininas no chão, Não estou gostando com o caminho que este raciocínio esta me levando”
— A Ane ainda não chegou? — perguntou ele e gritando em seguida sem esperar a resposta — DAIANE ACORDA HORA DA CONTAGEM! Ela já chegou?
— AH, chegou sim — respondo.
Daiane vem do corredor na campainha de duas garotas do quarto e as leva para fora do apartamento minutos depois volta como se estivesse desfilando em nuvens sem dizer nada até se jogar no sofá entre mim e Fernando.
— Ai, Ai, não tem como você ficar com a faixa esse ano.
Pude ouvir o gemido que Fernando soltou, o som só seria pior se Daiane tivesse pisado no rabo de um filhote de cachorro.
— Own — eu abraço ele — Que gracinha! — os outros parecem não entender, e o garoto se debate tentando fugir do meu abraço é ai que percebo que estou sem camiseta.
Enquanto Nando se debatia, vi que Marcelo começava a se levantar gatunamente.
─ Onde pensa que vai? ─ pergunto soltando o garoto.
─ O que? Eu? ─ Marcelo pergunta se fazendo de desentendido “atitude muito suspeita Sir.” ─ Vou dormir a noite me desgastou...
─ Negativo ─ falei ─ eu preciso de respostas, e a hora de consegui-las é agora! ─ eu levanto do sofá e isso me causa vertigem ─ ui fiquei tonta.
─ Tonta você sempre foi Bi ─ Daiane se estica no sofá colocando as pernas em cima de Nando ─ bom eu acho que vou Bodiar ─ falou fechando os olhos.
─ Ninguém sai daqui antes de eu ter essa lacuna na minha cabeça preenchida ─ falei irredutível.
─ Transplantes de cérebro são impossíveis ─ falou Nando.
─ KA KA KA ─ falei ─ pois bem já que aprendeu a falar, que tal começar a contar sua história? ─ ele ficou olhando para a tigela de cereais por longos segundos em silencio.
─ Bom ─ ele começou ─ na verdade não lembro de muita coisa também.