Terminei este livro há uns meses atrás, então me desculpem
se este post ficar muito difuso, mas se o achar entre em contato que verei como
posso ajudar, se bem que não há como esquecer de uma historia como a de o rei
do inverno.
Bom a primeira coisa a falar deste livro é bem, ele é um
Bernard Cornwell, se você já conhece este escritor britânico, e na remota hipótese de você ainda
não ter lido o rei do inverno, já seria fato de parar de ler este post e ir
correndo comprar um volume deste livro.
Para quem ao o conhece vou tentar falar da história sem
contar muito dela, o rei do inverno é o
primeiro de uma trilogia Arthuriana, segundo a critica é a narração mais condizente
com a realidade, Bernard que é expert em escrever romances históricos nos leva
para a antiga Britânia, lá atrás no século V d. C.
após a desocupação romana da ilha, a história usa de forma maravilhosa com os
personagens que todos já conhecem a séculos, como , Guinevere, Lancelot, Morgana,
Mordred, Merlin e o próprio Arthur, além de nos apresentar a outros, como Nimue
o bispo Sansun e Derfel Cadarn (lê-se dervel) que é quem narra a história.
Derfel é uma das crianças órfãs protegidas de Merlin, um
menino saxão que de pequeno fora capturado do acampamento saxão por uma excursão
do rei Glundeus de Silúria, que sobreviveu a um poço da morte o qual o druida
de Glundeus, Tanaburs o impôs, salvo por Merlin é levado para o Tor (território
de Merlin) e lá cresce.
quando acontece o atentado ao rei Mordred no Tor Derfel
vai levando, fazendo a proteção da excursão de sobreviventes da chacina do Tor,
para o palácio de Mordred, ele ainda garoto empunhando uma espada, o autor
descreve muito bem essa sensação e faz com que nós os leitores sinta lá no fundo
o estase da batalha que toma o menino
quando sua espada é exigida.
É nesta excursão que ele (Derfel) se encontra com Arthur pela
primeira vez, esse episodio um dos melhores do livro acontece quando eles
protetores de Mordred encontram-se encurralados, Arthur aparece pela primeira
vez como um herói, como um anjo descido do céu para salva-los.
Arthur é descrito no livro como uma pessoa humilde, exímio guerreiro
e comandante de tropas, um governante sábio, e uma pessoa muito boa, mas não
rei de fato.
Uma das coisas bacanas do livro também se da no contato que
o leitor tem com os antigos deuses druidas, que se dá em grande parte por Nimue
uma sacerdotisa de Merlin, enquanto esse esta desaparecido, mostra a luta do
druida e sua sacerdotisa contra a crescente onda de cristianismo que ocorre por
toda a Britânia, como citei acima Merlin esta desaparecido quase que o livro
inteiro, o mago é retratado como, fazendo uma rústica comparação, com Aslan de
as crônicas de Nárnia, com a diferença de um senso de humor maroto que adora os
deuses antigos, e que o mago não é um leão falante, mas que aparece em diversos
pontos da história quando os personagens precisam de ajuda.
Voltado a Arthur, Arthur luta para unir a Britânia novamente
para lutar contra os saxões que vem em uma maré interminável para ocupar o
território britânico, ele tenta unir os povos, mas acaba fracassando por amor,
quando prometido a princesa Ceinwyn princesa de Powys se apaixona por Guinevere
cansado com ela e rejeitando assim Ceinwyn, o pai da princesa o rei Gorfyddyd
com a desculpa que Arthur sujou a honra de sua amada filha organiza um exercito
gigantesco para acabar com Dumnonia, reino cujo é governado por Arthur, a coisa
fica feia, mesmo quando Arthur tem o apoio de aliados, o povo de Dumnonia já conspira para entregar a cabeça de Arthur a
Gorfyddyd, pois assim comprariam a paz com Powys, fica pior ainda quando os
aliados de Arthur o abandonam, Arthur tem que assim lutar sozinho com a sua
tropa de centenas, contra um exercito de milhares, nesta época Derfel que já subiu
entre os guerreiros de Arthur se torna um amigo do próprio, um dos principais
comandantes de tropa de Arthur, outro ponto bom no livro e difícil de se
acompanhar é o complexo conselho de guerra que ocorre antes da batalha do vale
de lugg, o qual é descrito pelos
personagens com muitos detalhes, a forma em que a tática que os guerreiros de Arthur
vão usar na batalha é formada ali diante de você em linhas de uma pagina do
livro.
Bernard cita no livro que os bardos exageram ao descrever a
batalha “dizem que a água do rio de lugg ficou vermelha do sangue dos mortos “ e Derfel narrando diz que não foi bem assim, e
descreve um confronto menos fantasioso, de superação dos trezentos guerreiros de Arthur contra os
milhares de Gorfyddyd, não ouvi ou li nenhum bardo contando a historia do vale
de lugg, mas pelo que Derfel descreveu da batalha já que ele estava no meio da
parede de escudos de Arthur (isto também que foi uma digamos criação de Bernard
uma inovação para descrever batalhas, o uso da parede de escudos que é uma
formação de guerra que os soldados ficam alinhados escudo com escudo, termo
esse que foi empregado por diversos autores posteriormente), mas confesso que
imaginei a água ficando vermelha de tão real dinâmica que foi a descrição da
batalha realmente parece que você esta assistindo um filme em 3D e é levado
para o meio da batalha correndo o risco de levar uma estocada a qualquer momento.
Arthur vence a batalha, e Derfel tem sua vingança matando o
druida de Glundeus e Nimue sua amiga
mata o próprio rei de Silúria.
Um livro impressionante que prende o leitor frase
a frase pagina a pagina. E ao fim desse volume você fica querendo ler a
continuação.
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