sexta-feira, 9 de março de 2012

os capitães da areia - jorge amado

Terminei a poucos dias a leitura do livro capitães da areia, do escritor brasileiro jorge amado.
nunca fui fã de literatura nacional sempre dei  preferência aos clássicos, de Tolkien e afins, emprestei esse livro de uma biblioteca pensando que a história se tratava da guerra dos canudos, mas logo que comecei a leitura vi que não se tratava dessa historia e pesquisando descobri que o livro que se tratava da guerra dos canudos seria "os sertões, de Euclides da Cunha" nada a ver com os Capitães da Areia de Jorge Amado, mas como já tinha começado a leitura do livro de jorge amado, continuei, e tenho que dizer que não se arrependi de ter prosseguido com a leitura.
O livro que como já disse e repito para que outro em bora eu ache que só eu tenha a ignorância de confundir os Capitães da Areia com Os Sertões não se trata da guerra dos canudos, mas sim conta a historia dos meninos abandonados da Bahia, meninos órfãos ou fujões, que formam um grupo que desprovidos de carinho de uma família acabam sendo a família uns dos outros, como irmãos, vivem principalmente o furto, e mesmo sendo crianças já se viveram coisas que as crianças da idades deles nem sonham, coisas que são reservados aos homens.
No livro o leitor é apresentado aos personagens principais, Pedro Bala (líder dos capitães da areia), professor (um menino que adora ler e que "bola os planos" dos grandes roubos dos capitães), gato ( o mais elegante dos capitães, que mesmo em meio a pobreza que vivem os meninos, Jorge Amado o descreve com uma elegância de um "boêmio", por assim disser) sem-pernas (um menino manco, perturbado por coisas que aconteceram em seu passado, e mais revoltado com a condição que eles vivem) boa vida (aquele que vai se torna o maior malando da Bahia) Dora ( uma menina que aparece mais para o meio-final do livro, e que acaba por levar a historia para o final emocionante do livro) e o Padre José pedro ( o que foi o maior motivo para eu crer no começo que se tratava do livro "os Sertões", pois confundi José Pedro com o Antonio Conselheiro, o padre José Pedro vê nos capitãs da areia, crianças abandonadas que precisam de afeto, e não como os outros os vêem bandidos que merecem ser presos, e tenta salvar as almas dos pequeninos trazendo eles junto a deus.
Logo depois de ler o livro descobri que haviam feito uma adaptação da historia para as telonas, logo fui atras e como todo filme vindo de um livro que eu tinha lido achei um horror, não que o filme seja de todo ruim, ele até é bom se você assisti-lo antes de ler o livro, pois á um grande defeito no filme, não só neste mas qualquer adaptação para o cinema que eu tenha visto até hoje, que é a perda de detalhes, como os pensamentos dos personagens que nesta adaptação faz com que o vinculo dos meninos seja ao meu ver mais fraco do que era no livro,  e neste caso em especial também á a perda dos sonhos do sem-pernas que o faz um menino amargo apenas sem explicar o que o atormenta de verdade, e o por isso o deixam a margem da historia por assim disser pois não aparece muito nele um dos grandes lideres dos capitães no qual é apresentado no livro, assim como o volta seca etc.
Um dos pontos que eu mais achei ruim no livro, e que ele não dá o final emocionante que a no livro, talvez por que no cinema não a como descrever uma passagem de tempo tão grande sem que mudassem os atores do filme, mas com isso se perde a emocionante despedida de cada personagem, o "enterro" da Dora quando Pedro vai atras do barco do querido-de-deus a nado, até mesmo do fim do sem-pernas que foi uma das coisas mais tristes do livro.
Bom o livro é sensacional, uma boa dica de leitura para quem quer rir, se emocionar com a historia dos capitães em uma leitura breve mas cheia de detalhes que descrevem a Bahia sob os olhos daqueles que mas amam aquela terra, os donos da cidade os "Capitães da Areia".
       

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