Estou sentado sobe minhas pernas, já
não as sinto, o chão é frio. Olho para as grades enferrujadas a minha frente, a
cela fede. Ouço o som dos outros prisioneiros, todos famintos todos mortos.
Isto é a vida real? Ou é só fantasia?
Não á jeito de fugir da realidade?
─ Poupe minha vida, desta
monstruosidade! ─ ouço um dos prisioneiros gritar do fim do corredor. Em meio a
um grito de agonia ouço águem desejar nunca ter nascido.
Estou sentado em uma sela, e agora me
lembro como tudo começou.
O gato abriu seus olhos. Enormes olhos
amarelos, não tinha nada de mais, olhos amarelos em padrões felinos. Ele lambeu
seus bigodes, se espreguiçou e levantou.
Tudo era silencio, um silencio cheio
de ruídos. Para o gato nenhum som fazia sentido, nem o próprio miado que saia
de sua boca. Este gato era branco, não que soubesse disso, e era gordo também,
mas tampouco disto tinha conhecimento. Tudo que precisava saber era que sua
tigela estava cheia de leite, não que soubesse o que era leite.
O gato andou vagarosamente até sua
tigela de leite, sorveu aquele liquido até ficar satisfeito então foi até a
porta. Mas no meio do caminho deitou no tapete e ali voltou a dormir.
O gato acordou, abriu seus enormes
olhos amarelos se espreguiçou. Suas garras arranharam o tapete. Seu dono
balbuciava algo em sua cara. Ele tentava escapar mais era tarde de mais.
─ Quem é a coisinha mais fofa do
mundo? ─ o homem falava, para o gato aquilo não fazia sentido, tudo que ele
queria era sair dali, para ele nada realmente importava.
Depois de alguns minutos ele consegue
fugir das garras do humano. O gato corre na direção da porta, mas algo lhe
chama a atenção. Ele para. Aquele novelo de lã lhe parece muito atrativo. O
gato assume sua posição de caçador, o corpo todo abaixado no chão, seu rabo a
única parte dele que fica para cima, ele abana de um lado para outro. De vagar
o gato se aproxima, as patas dianteiras cravando as garras no carpe. Ele solta
um miado, e salta sobre sua presa, em poucos segundos o novelo está desfeito.
O gato crava suas garras na lã,
desenrolando metros e mais metros dela, ele grita um grito selvagem que nem
sabe por que tem vontade de soltar, crava seus dentes na lã engole um pedaço de
lã e se afoga. Depois disto o novelo perde o interesse. Ela vai a tigela beber
mais um pouco de leite.
Dorme. Abre os olhos, parece que nada
mudou. Ele se espreguiça, desta vez chega a porta, e sai para fora.
O vento sopra, de qualquer maneira o
vento sopra. O gato anda, por onde anda aquele silencio barulhento o acompanhava,
mas na verdade não importava, nada mesmo fazia sentido.
O gato chegou até aquele ponto, o
único ponto que por costume talvez, mas que sempre procurava quando queria
fazer suas necessidades, uma pequena faixa de areia no meio do quintal.
Depois andou pela grama, o vento
soprava, sentiu um cheiro, e começou a rolar no chão. Rolava de um lado para o
outro, a grama fresca e seca lhe era prazerosa, ficou em silencio de barriga
para cima fechou os olhos.
O sol estava quente, e o vento
soprava. O gato abriu seus olhos e olhou para o céu e viu. Mas logo se
esqueceu, afinal era um gato, ele fácil vem e fácil vai. Voltou a andar. De
repente parou, um pássaro, um intruso em seu quintal. Novamente aquele extinto
se apoderou dele. Seu corpo roçou o chão, seu rabo em riste. Seus olhos fixos
na presa. Começou a se aproximar lentamente, mais perto. Mais perto. O pássaro
nem imaginava o perigo que corria. O gato estava quase saltando quando uma
borboleta passou por frente a seus olhos, e bom ele é um gato, fácil vem e
fácil vai. Saiu correndo atrás da borboleta por todo o jardim.
O gato andava por cima da cerca. A
cerca era de madeira ele ziguezagueava pelo meio das estacas de madeira, estava
longe de casa, mas isso não importava.
─ Eu matei um homem. ─ alguém dizia, o
gato ouvia, mas não entendia ─ coloquei uma arma em sua cabeça, puxei o gatilho
e agora ele está morto!
─ Calma, calma. Nós daremos um jeito
cara.
─ Não adianta, chegou a minha hora.
Eles virão atrás de mim.
─ Não fala isso, nós vamos dar um
jeito...
─ Não, pare. Eu não preciso de
compaixão. Apenas vá embora, se eu não estiver aqui a esta hora amanha, siga em
frente.
O gato voltou para sua casa. Estava
cansado. Foi para a tigela, a ração estava lá, ele comeu. Dormiu. Acordou e foi
para a janela. O gato ali ficou parado, ele olhava para o vidro, sem nada
entender, afinal de qualquer maneira o vento sopra, menos por ali. Ele olhava
para seu reflexo no vidro. De tempos em tempos tentava arranhar a imagem. Mas
na maioria conseguia ignorar e ficava apenas olhando a rua.
Sons de carros, pássaros e o do rádio,
ele não diferenciava nada disto. Mas sabia que depois da campainha do colégio
aquelas criaturinhas passavam por ali e ficavam acenando, e gritando, mais sons
que para ele nada significava.
Era noite, estava em cima do piano.
Seu rabo seguia o ritmo da corda do relógio. Um movimento inconsciente. Em nada
ele pensava. O gato ouviu um ruído, virou sua cabeça. E viu a pequena silhueta
de um homem, seu dono se aproximando. O homem coçou entre suas orelhas. Sentou
e começou a tocar.
─ ... Scaramouche!Scaramouche! Você dançará ao fandango?
O gato levanta e sai. De repente
aqueles sons. Raios e trovoes, realmente o assustavam. Ele correu para sua
caixinha. Mas logo a tempestade passa e ele levanta. Vai até a tigela de leite.
E ela está vazia.
“Galileo! Galileo!
Galileo figaro!
Magnífico, oh!”
Estes foram seus primeiros
pensamentos. E hoje estou nesta cela e sou seu prisioneiro.
Carlos não era tão velho ainda estava em seus dezesseis
anos, mas desde muito cedo aprendeu a falar com o mar, Carlos era órfão de pais
fora criado por seus tios, pescadores também, moravam em uma casinha que dava
para o mar ficava perto das pedras construída na areia, da praia da enceada o ano era 1970, ainda podia ter construções a beira mar.Estava calor, muito calor como fazia esses dias em São
Francisco do Sul, no litoral norte de santa Catarina, era março, dava no jornal que a culpa do calor era por causo das erupções solares, não haviam
turistas, as praias eram deles, daqueles que sempre viveram naquela cidade
maravilhosa. Dos pescadores.
Carlos adorava a vida que levava, acordava sempre muito cedo
ia com o tio pescar, saia com o barco antes mesmo de o sol sair do horizonte,
tanto antes que quando o sol despontava a leste eles já estavam em mar aberto,
a praia não passava de um borrão branco.
- vamos jogar aqui hoje! – disse seu tio, ele sempre dizia
isso, e sempre jogavam no mesmo lugar, jogavam a rede e viravam para fitar o
sol, ficavam horas olhando o sol em silencio, não conversavam sobre nada, só
ouviam o som do mar as gaivotas que cercavam o barco, o balançar do barco era o
que Carlos mais gostava,
Seu tio puxava uma reza antes de puxar a rede, pedia a Deus
que tivessem enchido sua rede, mas não era por isso que Carlos rezava, Carlos pedia
por ela, ela que era o amor da sua vida.
Todas as noites Carlos pegava o barco do tio e saia a navegar pelo mar, não tinha a permissão para isso, sua tia iria o acorrentar ao pé da mesa se descobrisse o que ele fazia, ela dizia ser perigoso o mar, principalmente de noite, mas Carlos não tinha medo, ele sabia quando o vento iria virar, conhecia o mar ele era seu único amigo chegou a pensar antes de conhece-la que ele era seu único amor, conversava com as ondas como se elas fossem sereias, quando já estava bem longe, deitava no pequeno convés cruzava os braços atras da cabeça e olhava as estrelas e a lua, e adormecia ali mesmo em auto mar. voltava no meio da madrugada, e ancorava o barco aonde seu tio deixava e voltava para a casa antes de sua tia acordar para fazer o café, assim ela não descobria seus passeios noturnos e assim a vida prosseguia, todo dia era assim, menos naquele.
Carolos puxava o barco de seu tio para a praia, quando ouviu uma risada, seu rosto penicou, ele se virou rápido.
- quem está ai? - perguntou ele fechando a mão em punho - tú, aparece antes que eu grite.
- shii! - veio a resposta de trás das arvores - nós viemos em paz, só queríamos ver o nascer do sol - três meninas saíram do escuro uma morena, outra ruiva, e a outra loira, a lua iluminou a pele da loira deixando sua pele branca mais branca seus olhos castanhos se destacaram, ela sorriu, ele soube que sua vida agora era ela.
- chegaram quase para ver o pôr do sol de tão cedo - disse ele.
- como?
- as gurias chegaram muito cedo - explicou ele - o sol só arriba depois das 6 horas, e agora não são nem quatro.
- como você sabe? - perguntou a morena.
- eu sei! - respondeu ele sem tirar os olhos das loira, ele sabia não sabia explicar.
- eu te falei rebeca - falou a loira - é muito cedo.
- eu sei Jana, mas era sair agora ou não sair, tua mãe não ia deixar nós sairmos de madrugada por ai sozinhas e a ale ia ir em bora sem ver o nascer do sol.
- sua mão tem razão - disse Carlos - é muito perigoso para três gurias sozinhas andarem por ai, tem muito neguinho safado por ai, e também tem os maconheiro.
- nós não temos medo - disse a morena rebeca - e você veio do mar a essa hora, você não tem medo?
- não! - respondeu ele - o mar é meu amigo.
- você podia levar nós contigo na próxima vez! - pediu Jana.
- o que? - disse a ruiva ale.
- é podia? - perguntou rebeca.
- eu não sei!
- ué ta com medo do mar? - desafiou rebeca.
- não! o mar é meu amigo - repetiu Carlos.
- então prove! - desafiou rebeca novamente, caminhando para perto do barco.
- por favor! - pediu Jana.
- amanhã! - disse Carlos - as 9:30 da noite, quando meus tios estiverem dormindo.
- amanhã! por que não hoje?
- por que minha tia tá acordando, e ela me mata se sabe que eu saio de noite com o barco do tio.
- tá bom amanhã - disse rebeca - vamos meninas - ale foi junto com rebeca, mas a loira ficou um pouco mais.
- então até amanhã! é...
- Carlos! - disse ele - meu nome é Carlos.
- então até amanhã Carolos - e saiu correndo atras das amigas.
- até amanhã - sussurrou Carlos.
No outro dia as nove e trinta, Carlos ficou sentado na popa do navio olhando para o céu, quando ouviu elas o chamarem.
- psiu! - veio de trás da arvore - a barra ta limpa? - era a voz de rebeca.
- tá! - respondeu ele, e as três amigas saíram de atrás da árvore, rindo como no dia anterior.
- já tava saindo sem vocês.
- tú não era nem loco - disse rebeca - nós abria um berreiro que acordava tua tia,a se abria.
- é mentira dela, moço - disse a loira - então vamos?
- ah claro, só um minuto - Carlos começou a empurrar o barco quando a maré já o encontrava ele saltou para dentro - todos abordo? - ele tinha visto o capitão de um barco de turistas falar isso antes de sair para visitar as ilhas.
- claro que não ainda estamos aqui - as meninas tiveram dificuldades para vencer a maré, era como se o mar soubesse que ali estava a moça que iria roubar o amor que Carlos tinha pelo mar, e estava com ciumes.
ele deu a mão para que elas subissem no barco.
- fede a peixe! - disse rebeca quando subiu.
- calada rebeca - disse jana.
- então para onde vocês querem ir?
- não sei para aonde você sempre vai.
- está bem.
Carlos levou o barco para onde sempre levava, não falou com as ondas desta vez e nem reparou, quando elas começaram a bater muito forte contra o barco foi que ele as reparou, e começou a falar com suas amigas as "sereias".As ondas se acalmaram, e as meninas riam dele.
- o que ele esta fazendo? - perguntou ale baixinho.
- o mar é amigo dele - respondeu Jana - eles devem estar conversando.
Um tempo depois ele parou.
-é aqui! - Carlos disse.
- o que?
- é aqui que eu sempre venho.
- ah não parece grande coisa - disse rebeca - quero voltar.
- voltar? - repetiu jana.
- sim não aguento esse cheiro de peixe podre - e não á nada para ver aqui esta tudo escuro quero voltar.
- mas!
- mas nada eu quero e nós voltamos agora.
- nós podemos voltar? - perguntou jana.
- hã.. claro - respondeu ele.
voltaram e logo que chegaram as três saíram correndo, nem se despediram.
no outro dia as 9:30 jana voltou sozinha, Carlos já estava levando o barco para a água. quando ele o chamou.
- ei espere! - disse ela - eu posso ir junto desta vez?
- para que? - perguntou Carlos - não á nada para se ver lá, é tudo escuro.
- tá brincando se estiver metade estrelado quanto ontem já vai ter muita coisa para ver.
- se é assim - ele ajudou ela subir no barco.
novamente só falou com suas sereias quando elas quase tombavam o barco.
- com que você fala?- perguntou a menina.
- com elas hora!
- elas quem?
- as sereias!
- que sereias?
- essas que vem de encontro ao barco.
- ah - ela fingiu entender - e o que elas falam?
- Uebaruê iô - respondeu Carlos.
- e o que isso significa.
- isso eu não sei.
-ah.
- pronto chegamos. - anunciou ele.
- puxa esta mais bonito que ontem.
- está mesmo.
- o que você faz quando fica aqui?
- eu? hã - ele pensou um pouco - não faço nada.
- como é?
- eu deito ansim ó - ele se esticou no pequeno convés como sempre fazia e ficou a olhar as estrelas.
- parece legal eu posso?
- claro! hã deixa eu chega um pouquinho para o lado.
- não assim esta ótimo - ela deitou ao lado dele e ali eles ficaram em silencio, olhando para o céu, foi assim naquele dia e nos outros que se seguiram, conversavam de nada e falavam de tudo, não sabiam o que aconteciam entre eles por que não conheciam o amor ainda.
- então quem eram as meninas que vieram no primeiro dia com você?
- elas ah são minha amigas.
- vocês são daqui mesmo?
- eu e a rebeca somos! - respondeu ela - só a ale que não ela veio passar as ferias por aqui.
- ferias em março? pensei que os turistas saíam fora daqui da ilha no máximo em fevereiro.
- pois ela está de ferias até a páscoa.
- ah.
o mar começou a se revoltar, as sereias de Carlos as quais a dias ele não falava jogavam o barco de um lado para o outro, Carlos levantou do convés e começou a acalmar elas, jana se levantou também, e uma onda acertou o barco fazendo com ela perdesse o equilíbrio caísse nas águas escuras do mar.
- jana! - gritou ele que se jogou atrás dela mergulhou mas não encontrou nada não enxergava nada no escuro, pedia para que as sereias se acalmassem, e quando elas se acalmaram gritou por janaína desesperado, quando ouviu a gargalhada dela vindo do barco.olhou para lá e seus olhos encontraram com os dela.
- qual é a graça? - perguntou ele.
- você acha que é o único que sabe nadar por aqui? eu também nasci em são chico dã!
depois daquele dia, não ficavam apenas a conversar olhando as estrelas, agora nadavam também a luz das estrelas de são chico.
outro dia o céu se fecho, e o mar ficou violento. foram três dias de tempestade e eles não puderam fazer seus passeios.no amanhecer do quarto dia o sol nasceu novamente e tudo voltara ao normal, Carlos fora pescar com seu tio, e pegaram tantos peixes que seu tio pediu para que Carlos o ajudasse a levar eles para o mercado de peixe.
- Hoje você vai conhecer o homem mais rico da ilha filho, o dono do mercado, se existe homem mais rico que ele aqui em são chico eu não conheço.
levaram os peixes com o barco ao mercado, la chegando foram recebidos pelos amigos do tio, Carlos nunca tinha visto tanta gente chamar por seu tio, ele era conhecido no mercado como "são Pedro", pois não tinha pescador que pegasse mais peixe que ele, os outros diziam que ele fazia milagre, contavam tantas historias, contavam que os peixes saiam voando do mar para seu pequeno barco, seu tio concordava com todas as historias e aumentava tanto elas que se Carlos não tivesse ido jundo com ele pescar todos esses anos era capaz de acreditar nas historias por ele contadas.
enquanto seu tio ia negociar os peixes que eles tinham trazido, Carlos foi andar pelo mercado, e quase não acreditou no que viu, mais a frente rindo de alguma coisa qualquer, estava jana, quando ela o viu, seu sorriso morreu e ela ficou preocupada, olhou em volta, Carlos acenou e ela saiu correndo, ele não entendeu nada e a seguiu, ela parou em um lugar distante na saída do mercado ele a alcançou.
- o que você esta fazendo? - perguntou ela.
- eu só queria falar com você, estava com saudades, não parei de pensar em você nem por um momento.
- eu também - ela falou em um sussurro - mas aqui não dá para nós nos falarmos, se meu pai pega nós dois aqui, e minha amigas então! não não podemos nós falar aqui.
- ah ai esta você jana, te procurei por todo o canto - era rebeca - o que ele esta fazendo aqui? - ela perguntou quando viu que Carlos estava ali também.
- ela ah nada ele já estava indo em bora, só me reconheceu e veio me pedir algum - rebeca gargalhou alto.
- você é muito boazinha jana - disse rebeca - anda cai fora daqui, vai trabalha seu vagabundo - disse rebeca para Carlos - seu pai esta te chamando jana, vamos.
Carlos voltou cabisbaixo para perto do barco.
- ah ai esta você - seu tio disse ao lhe ver - venha aqui Carlos, a uma pessoa que quer lhe conhecer, seu Leonardo - disse o tio, este é o meu sobrinho Carlos.
- ah ai esta o famoso guri que conhece o mar como a palma de sua mão!
- seu Leonardo vai abrir uma companhia de turismo Carlos.
- e estou procurando gente daqui, que conheça o mar que o trate como alguém da família, filho seu tio disse que você é um desses, você é?
- o mar é meu amigo senhor! - respondeu ele.
- ótimo então, temos que começar a treiná-lo você terá que ir para a escola, minha filha poderá lhe ajudar, aonde esta ela? ela estava bem aqui, você vai gostar dela, vão ser grandes amigos - Leonardo olhou em volta - jana - gritou.
- o que pai? - janaína veio correndo para onde eles estavam.
- ah ai esta ela, jana quero que conheça seu novo colega de aula, Carlos essa é janaína - os dois ficaram tão surpresos que suas feições gritavam isso, mas ninguém reparou.
Carlos voltou para a casa, sem falar nada, naquela noite não saiu de barco, pois janaína não veio em vez disso, foi a nado até um pedaço e ficou boiando olhando dali as estrelas ouvindo o lamento do mar. O mar estava calmo de mais naquela noite, no outro dia quando seu tio voltou do mercado disse, voltou com o barco todo cheio de peixe, pois o mercado estava fechado.
- uma tragédia - disse seu tio - a filha de seu Leonardo, aquela guria bonita, que você conheceu ontem sabe?
- janaína?! o que tem ela?
- não vê que ela foi com as amigas e uns guri lá para as banda do forte, e o mar se abriu em um buraco, não é que a guria morre afogada.
Carlos se desmanchou em lagrimas, pensou em todas as conversas que eles tiveram, pensou no sorriso dela, e odiou o mar, por isso mas não se pode odiar o mar por muito tempo, ainda mais quando toda a vez que ele saia para pescar com o tio ouvia o mar pedir desculpas.
Carlos, soube, o mar lhe contou, que talvez não foi nesta vida,mas ela ia ser a sua minha vida ainda, então eles iriam fugir para o mar que não ia interferir mais, ele vai pedir para namorar, ela irá dizer que vai pensar, mas no fim vai lhe beijar, sem ter mais mentiras para lhe ver, sem amigos para esconder, tinha fé que tudo vai dar certo. Uebaruê iô, "sou pescador sonhador", ia dizer isso toda vez que fosse rezar para deus nosso senhor, que ela é o amor de sua vida, pois não dá para viver nesta vida morrendo de amor, ai uma abelhinha vai faze o mel, estrela Dalva vai cruzar o céu, e o vento certo vai soprar do mar, e tudo vai dar certo, uebaruê iô, ele acredita em um outra vida só os dois.Mas o mar nunca mais ia ter o amor dele, não estava mais bravo com ele pois não dava para ficar bravo por muito tempo, mas seu amor era para ela, nesta vida ou em outra.
música:
Outra Vida,
Armandinho
talvez não seja neta vida ainda,
mas você vai ser a minha vida ainda
então agente vai fugir pro mar
eu vou pedir pra namorar,
você vai dizer que vai pensar,
mas no fim, vai beijar.
talvez não seja nessa vida ainda
mas você ainda vai ser a minha vida
sem ter mais mentiras pra me ver
sem amor antigo para esquecer
sem os teus amigos para esconder
pode crer que tudo vai dar certo
uebaruê iô,
sou pescador, sonhador
vou pedir para Deus nosso senhor
que tu és o amor da minha vida
pois não da para viver nessa vida morrendo de amor
talvez não seja nessa vida ainda
mas você ainda vai ser a minha vida
e uma abelhinha vai fazer o mel
estrela Dalva vai cruzar no céu
e o vento certo vai soprar do mar
pode crer tudo vai dar certo
uebaruê iô
sou pescador, sonhador
Vou dizer pra deus nosso senhor
que tu és o amor da minha vida
pois não dá para viver nessa vida morrendo de amor
uebaruê iô
sou pescador, sonhador
vou dizer para deus nosso senhor
que tu és o amor da minha vida
pois não da para viver nessa vida morrendo de amor
a historia, assim como toda as ideias e acontecimentos nelas escritas, são fatos fictícios que tem por finalidade meramente de entretenimento.
série a musica por trás da história A civilidade da guerra
A muitos anos atrás, quase
toda a água do mundo se acabou, com exceção de alguns países onde esse recurso
era abundante o resto do mundo morria de sede, logo que saíram nos jornais que
o povo do oriente médio estava morrendo, que não se tinha mais o que fazer por
aquela região, os grandes cheiques abandonaram suas propriedades, deixando seu
petróleo para trás, depois de algumas regiões da áfrica também ficaram
inóspitas, muitas pessoas que não tinha condições de abandonar aqueles lugares
morreram, a situação na Europa também estava quase no quinto nível de alerta,
os EUA esticaram os olhos para as reservas de água do Brasil, que era um dos
poucos países que ainda tinha a sustentabilidade da água. No começo da crise
mundial , o Brasil que não era uma das grandes potencias militares mundiais,
vendeu água para aqueles que estavam em situação vermelha, Mas isso foi até o
pais se estabelecer como um potencia militar, e quando começou a vetar a venda
d’água em grande escala, visando saciar suas próprias necessidades, os EUA
invadiram, os estados do Amapá e de Roraima, simultaneamente nas cidades de
Normandia, deposito, Uaiacas e Boa Vista em Roraima e Oiapoque, Vila Velha,
Lourenço e Calçoene no Amapá e estava cercando a capital Macapá. Sob a acusação
de que a Amazônia era patrimônio de toda a America e não só dos brasileiros, o
Itamarati sabendo da situação no extremo norte do país mobilizou as forças
armadas para defender o território.
Macapá, AP.
- Câmbio! – perguntou João
– sargento Gustavo! Câmbio responda homem – uma bomba explode a trezentos
metros da trincheira que João está com seu pelotão, metralhadoras rugem por
todo o lado.
- O que aconteceu soldado?
- O que temos aqui é uma
falha na comunicação, senhor! – João teve que gritar para que o major o
entendesse, para que ele fosse ouvido por cima de todo aquele barulho.
- Diabos! – praguejou o
major Ricardo – atenção homens – gritou ele disparando um tiro de seu fuzil em
um soldado inimigo que tinha saído de trás de uma das paredes da vila destruída
a frente – pelos flancos! Avançar, avançar – ele gritou a ordem – matem esses
ianques.
Os flancos começaram a
avançar depois da ordem do major. Bombas explodiam metralhadoras disparavam, e
a infantaria brasileira avançava, já havia tido vários dias de batalhas desde
que o reforço chegara de Belém, estavam conseguindo expulsar os ianques da
capital, esses que o pelotão de Ricardo eram os últimos da investida a capital,
os ianques fugiam em corrida para as margens do rio, deixando uma trilha de
mortos pelo chão.
- Vamos homens matem
todos! – gritava Ricardo, os brasileiros prosseguiram com a perseguição, e
caíram em uma armadilha, chegavam do rio Balsas da marinha americana, trazendo
mais soldados, e anfíbios saíram das águas do rio atirando no pelotão de
Ricardo, todos os soldados um por um foram caindo no chão.
Itamarati, Brasília DF.
- O Amapá também está sob
poder dos ianques, assim como Roraima, nossas tropas fazem as fronteiras dos
dois estados no Amazonas e no Pará, aguardam apenas nossas ordens para invadir
– o coronel do exercito informava a presidente.
- Temos caças em Manaus e
Belém – informou o comandante da aeronáutica.
- Os franceses se juntaram
aos americanos nas guianas e no Suriname – informou o comandante da marinha.
- Os venezuelanos honraram
o acordo do MERCOSUL, declararam guerra contra os EUA e levantaram armas contra
a Guiana – informou o ministro da defesa.
- Ótimo, por enquanto... –
a presidente foi interrompida.
Os Monitores da sala, que
mostravam mapas da região discutida, imagens da situação daquela região e com
imagens dos governadores de todos os 27 estados da nação que estavam e vídeo
conferencia, passaram a mostrar o brasão da republica dos EUA.
- O que é isso? –
perguntou a presidente.
- Invadiram os satélites
excelentíssima – informou um dos operadores que estavam presentes – está sendo
transmitido em todo o pais – o operador olhava para o mapa do sinal do
satélite.
- Alguns de vocês vão
tentar – a imagem dos presidentes dos EUA. FRA, ITA, ALE e RUS estavam enfileirados,
o dos EUA estava no meio e falava em inglês – vocês simplesmente não podem nos
alcançar, nós sabemos guerrear, então vocês tem o que tivemos aqui na semana
passada.
- Ele está se referindo ao
Amapá? – perguntou o ministro.
- Shii – silenciou a
presidente.
- Que é a maneira que nós
queremos, e bem nós conseguimos.
- E eu não gosto disso
tanto quando vocês homens – provocou o primeiro ministro da Inglaterra,
provocação por que eles sabiam que quem governava a republica era a segunda
mulher presidente.
- Veja seus jovens lutando
– falou o presidente da Rússia em seu idioma, enquanto imagens das batalhas que
estavam acontecendo no extremo norte do país enchiam as telas.
- Veja suas mulheres
chorando – falou o italiano, enquanto mulheres abraçadas a seus filhos gritavam
desesperada com o horror da guerra.
- Vejam seus jovens
morrendo – imagens de soldados brasileiros jogados na terra, e outros sendo
executados em fileiras de prisioneiros.
- Essa é a maneira que
sempre fizemos antes – a tela voltou para a imagem dos governantes.
- Veja o ódio que estamos
criando – os soldados queimando a bandeira nacional apareceram em outras telas,
o coronel do exercito esmurrou a mesa.
- Desgraçados.
- Veja o medo que estamos
alimentando, veja as vidas que estamos guiando, da maneira que sempre fizemos
antes.
- Consegui! – um dos
analistas de sistemas do Itamarati gritou, quando os monitores apresentaram a
mensagem de “sem sinal” – consegui reiniciar os satélites.
- Então excelentíssima? –
perguntaram os comandantes das forças armadas da republica.
- Lançamos um
contra-ataque - começou a presidente.
- Mas é isso que eles
querem – disse o ministro – não seria prudente.
- Se acovardar? – gritou a
presidente – ficarmos assistindo em quanto esses miseráveis fazem o que eles
quiserem com o nosso povo? – a presidente se levantou apoiando as mão na mesa,
sua cadeira tombou no chão – assim que as comunicações se restabelecerem deem
o sinal para que nossas tropas que estão no amazonas e no Pará invadam Amapá e
Roraima, eu tenho que fazer um pronunciamento para apaziguar a nação, que com
certeza esta aterrorizada por que é assim que eles sempre fazem não é
alimentam o medo – ela saiu da sala repetindo as ultimas palavras do vídeo.
São Paulo capital.
André andava pelas ruas da
grande metrópole, a cidade que nunca dorme, estava totalmente deserta, o país
estava sofrendo com ataques por todo o território norte, há uns dias as marinhas
da união europeia e do oriente médio tinha atacado a costa nordeste da
republica.
O terror falava no
silencio da cidade, André andava chutando latinhas de refrigerante que estavam
jogadas no chão, o barulho da latinha ecoava como se ele estivesse em uma caverna,
ele juntou um jornal do chão, o jornal levava a manchete “minhas mãos estão presas”,
André começou a ler.
Os bilhões passam de um lado para o outro, só com
o inicio da guerra o numero de mortos já ultrapassa a casa dos milhares, os
países que iniciaram a guerra vem com a sede de bilhões,
“Mas nós conseguimos, somos milhões, somos brasileiros.”
Diz a presidente, e assim a guerra continua com o orgulho de mentes lavadas, o
governo fez lavagem cerebral em todos, não só a republica, mas todos os
governos envolvidos na guerra, pelo amor de Deus, pelos direitos humanos, essas
coisas são deixadas de lado, por mãos sangrentas que o tempo não pode perdoar,
que são levadas ao genocídio, essa não é uma guerra diferente, como esses
governos dizem, a história esconde as mentiras de nossas guerras,e essa não
será diferente...”
André parou de ler, um som
o interrompeu, um som terrível, parecido com aquele que a anos atrás o PCC infringiu
a capital como toque de recolher, André não entendeu o que significava aquilo,
mas sabia que não era coisa boa, seu coração bateu mais forte.
O som continuou e ele começou
a correr, apavorado, encontrou uma multidão que ia correndo pela rua, carros do
exercito, soldados falavam em seus megafones.
- Para os abrigos, rápido!
- O que esta acontecendo?
– perguntou André a um soldado que mostrava o caminho – que som é esse?
- É um sinal de alerta
senhor. – respondeu o soldado.
- Um sinal do que?
- Ataque aéreo!
No que o soldado terminou
de falar ouve um estouro. Todos correram para os abrigos os soldados apontaram
os canhões antiaéreo para o céu, e começaram a atirar. Nuvens pretas de fumaça
se formavam aonde as granadas se explodia, um prédio ali perto se explodiu e
caiu.
- Vocês estão atirando
aonde? – André perguntou para o soldado, que não precisou responder, quando um
F16 foi atingindo enquanto passava, pelo ar ali em cima e se explodiu destroços
do caça choveram do céu esmagando a população que ainda corria para os abrigos.
- Para dentro senhor –
disse o soldado.
Brasília, DF.
- Começaram os bombardeios
por todo o território excelentíssima – informou o ministro para a presidente,
eles estavam em uma das janelas do Itamarati e fitavam o pôr do sol.
- Droga! – ela praguejou - a Argentina respondeu?
- Sim! O presidente dos
Hermanos ajudará a patrulhar o céu.
- Ótimo, então avise Caxias
para levar adiante com o plano dele – a presidente virou as costas para a
janela – vamos responder a altura, a FAB vai bombardear cada um desses malditos
países.
Costa rio-grandense
- Mas bah! Então é verdade – o comandante das
tropas do rio grande, olhando para as frotas que vinham pelo mar –
companheiros! – gritou ele para os soldados – é chegada a hora, a peleja
demorou a chegar aqui por estas bandas, esses "gringos de merda" resolveram
contornar o sul, foram para o Chile, Peru e Uruguai, mas pelo visto vieram
desafiar os gaúchos.- ele se virou para olhar a frota e de novo olhando para os
homens – pós bem, vamos mostrar a eles, como os gaúchos são bicho macho, expulsamos eles pro inferno de onde eles vieram, vamos proteger os pampas!
Vamos proteger o Brasil.
Nova York, EUA.
John mendigava pela
cidade. A cidade estava destruída depois que os caças da FAB bombardearam a
cidade, davam nos jornais, não fora só ali, a quantidade de caças da FAB que
conseguiram bombardear simultaneamente bombardear as principais cidades dos
países que atacavam o MERCOSUL.
John passou com seu
carrinho por uma loja onde as pessoas ouviam as noticias da guerra pelo radio,
pois não haviam televisores funcionando.
“Os caças da
FAB seguem com suas proposta de destruição pelas cidades da aliança, são as
cidades:
Sidney da Austrália;
Nova délhi da índia;
Seul da coreia do sul;
Tóquio do Japão;
Riad da Arábia saudita;
Jerusalém de Israel;
Nova York, são Francisco, Kansas city, Boston,
Miami, Mississipi, Las Vegas, Los Angeles e san Diego EUA;
Cidade do México;
Roma Itália;
Madri, Catalunha Espanha;
Paris frança;
Lisboa Portugal;
Londres Inglaterra;
Berlin Alemanha;
Moscou Rússia,
O Brasil
continua em sua tentativa de impedir que os países do mundo tenham direito a um
dos direitos básicos do ser humano, em uma série de ataques covardes.”
O radio desligou.
John andou até uma praça
pensando no que ouviu da rádio, até para ele que não tinha estudo era muito
contraditório subiu em uma estatua e começou a falar.
- Vocês vestiram uma
bandeira preta – gritou – quando atiraram no homem que disse “a paz pode durar
para sempre” – as pessoas começaram a se aglomerar ao redor dele para ouvi-lo –
e nas minhas primeiras lembranças, eles atiraram em Kennedy, eu fiquei
anestesiado quando aprendi a ver – muitas pessoas já se aglomeravam – eu nunca
senti medo pelo Vietnã, temos a parede de Washington para nós lembrar, que você
não pode acreditar na liberdade quando todo mundo está lutando por sua terra
prometida, e eu não preciso de sua guerra, ela alimenta os ricos e enterra os
pobres, sua ganância de poder, vendendo soldados em um armazém humano, não é
uma graça e eu não preciso, não a civilidade na guerra. Veja a duvida que temos
engolido os lideres que temos seguido eles não falam coisa com coisa, veja as
mentiras que temos engolidos, deu no jornal a poucos dias atrás que nossos
caças fizeram o mesmo nas cidades brasileiras, e agora eles falam que é um
ataque covarde, isso foi um contra-ataque, vocês esqueceram? Por que passou na
TV eu me lembro, e eu não quero ouvir mais nada.
Quando terminou de falar,
John foi vaiado e linchado pelas pessoas que o ouviam, enquanto apanhava ele
gritava.
- Minhas mãos estão
atadas, por tudo que vi mudei minha maneira de pensar, mas a guerra continuou,
sem amor a deus ou a direitos humanos.
Brasília, DF
“Os caças da FAB foram recebidos como heróis quando
pousaram na capital, o maior investimento que o pais fez foi a compra de vários
caças para aumentar a defesa aérea do pais nos últimos anos fora um trunfo
nesta guerra” dizem os
repórteres.
- As terras sulistas
também viraram campos de batalhas – informou o ministro da segurança neste
conselho de guerra – no rio de janeiro parece que a ajuda veio de onde se menos
esperava, traficantes desceram os morros para combater ao lado das forças
armadas diante o avanço das tropas inimigas, os bombardeios cessaram por hora –
ele virou a pagina todos na sala estavam em silencio ouvindo – a argentina
também sofre com ataques em sua costa, o Uruguai esta quase todo em posse das
tropas inimigas, o Paraguai ainda não sofreu ataques assim como a Bolívia, o
equador se rendeu e agora esta servindo como base militar para os caças
inimigos.
- Temos que acabar com
essa guerra o mais rápido possível, a terra já sangrou de mais.
Curitiba PR
Jorge vinha de União da Vitória,
junto com os soldados que vieram de todas as cidades do terceiro planalto
paranaense, vieram para dar suporte a capital do estado, aquele terreno era
horrível para a guerra, por isso iam seguir para o litoral impedir a invasão do
território.
Quando saiu de usa cidade
natal, ela tinha sido destruída por um bombardeio inimigo, escolas hospitais e
pontes estavam destruídas, ficaram lá um contingente militar para auxiliar a
população, tudo indicava que fora um bombardeio equivocado que visava a cidade
de Guarapuava ou a capital Curitiba, mas por algum infortúnio do destino a
cidade viu bombas choverem do céu, o exercito da cidade nada pode fazer, logo
depois chegou uma ordem direta da capital ordenando que eles se dirigissem para
lá e cá estavam eles,
Era noite agora estavam todos
acampados na saída da cidade quando o comandante general das tropas da capital
veio até eles.
- Atenção soldados do 5º
Batalhão de Engenharia de combate blindado de Porto União – todos os soldados
bateram continência para o general – vocês foram solicitados pelo quartel de
Florianópolis, para auxiliarem na guarnição da ponte dos arcos no município de
Blumenau, a ponte foi a única via de acesso que restou para o município de
Gaspar onde está acontecendo as principais batalhas daquela região, sua missão é
guardar aquela ponte para possíveis expedições inimigas – ele franziu a testa –
sua missão será guardar a todo custo aquela ponte, mas se não conseguirem, sua
missão será destruí-la.
Todos ficaram assustados
com as ordens mais não contestaram, embarcamos nos caminhões do exercito e
partimos a viagem foi longa e desgastante quando chegamos ao lugar ordenado, Jorge
quase não reconheceu a ponte que tinha vista uma vez por fotos já não existiam os
arcos que davam o nome a ponte e a estrutura estava tão comprometida que era
quase inacreditável que suportasse algum caminhão ou tanque do exercito.
Foram duas semanas que ele
ficaram lá e os inimigos vinham geralmente de noite, a primeira noite apenas
que eles estavam todos em seus postos quando metralhadoras começaram a ser
disparadas da noite.
- Gringos a quarenta graus
– os fuzis dos soldados brasileiros responderam enquanto os soldados tomavam
posição de combate no meio dos escombros da ponte – foram uma hora mais ou
menos, de troca de tiros entre os soldados e eles conseguiram guardar a ponte,
de dia fizeram a travessia e a revista de vários caminhões de mantimentos e
munição, um grupo ficou com a missão de enterrar minas por onde os gringos
tinham vindo na noite anterior, no meio da tarde quando um caminhão de comida
despontava na estrada Jorge ficou o meio da estrada com a mão sobre os olhos
para protegê-los do sol forte que fazia, quando ouviu um barulho abafado “o que foi isso” pensou, quando um
companheiro gritou.
- TIRO DE BASUCA!
Ele viu o tiro acertar e cheio
o caminhão que se explodiu, a explosão fez o ar esquentar mesmo ela ter
acontecido a um quilometro de distancia, Jorge voou para trás com a pressão do
ar.
- FILHOS DE UMAS PUTAS! - um dos companheiros de Jorge gritava enquanto
atirava com a metralhadora – VOLTEM PARA O PAIS DE VOCÊS, E DEIXEM O NOSSO EM
PAZ!
Um outro veio ajudar Jorge.
- Você está bem?
- Sim foi só um, a sei lá
o ar me empurrou para trás.
A noite os soldados
ficaram entocados no meio do mato, espalhados, Jorge ficou embaixo de duas
arvores caídas. Foi perto das quatro, que as minas que o pelotão enterrou se
explodiram. Clareando a noite.
- Soldado Morett – era ele, a voz do comandante sussurrava no ponto
em seu ouvido – não responda, dois
gringos a sua direita um a três metros e o outro mas atrás e se aproximando,
você terá apenas uma chance. – “E é só do que eu preciso” completou ele, se
levantou de seu esconderijo e logo viu duas manchas em seus óculos infravermelhos,
dois tiros certeiros, não fez barulho estava com o silenciador, uma tática proposta
pelo comandante, serem sorrateiros. Se escondeu novamente. Acabaram as
investidas e os inimigos nem viram de onde vieram os tiros. Dormiram em turnos
e assim foi todas essas semanas.
Mas no começo da segunda
semana vieram dos céus, no meio da tarde ouviram o barulho.
- Caças? De reconhecimento?
– perguntou um dos companheiros de Jorge que se sentou junto a ele na beira da
ponte com os pés de pendurados para o rio que corria lá em baixo, depois ouviram muito longe explosões.
- Acho que não.
- Inimigos ou aliados?
- Escondam-se homens! –
ordenou o comandante – avisaram pelo rádio, o acampamento em Gaspar foi
bombardeado. Todos correram para o meio do mato, mas Jorge o seu amigo não
tiveram tempo, estavam no meio da ponte quando os caças sobrevoaram a ponte
lançando seus mísseis, a ponte foi destruída e Jorge caiu em queda livre para o
rio.
DF Brasília
Soou o alarme no aeroporto
que fora feito como base da FAB.
- Isto não é um
treinamento! – falava a voz do megafone – a seus caças, isso não é um
treinamento.
Os caças decolaram, eram
metade dos caças da FAB que estavam ali,
o restante estava em porta-aviões na costa ou patrulhando o ar, Jonathan levantou
voo, voaram em linha.
- Aqui é o águia um! – a voz
do líder falava aos fones – lembrem-se das recomendações do Itamarati, não
voltem para cá, destruam os aviões inimigos, mas não voltem para cá, as defesas
do palácio ira destruir qualquer avião que estiver ao alcance dos canhões,
sejam fortes aqui em cima, nós somos os donos do céu do nosso pais, nós o
protegemos, somos brasileiros vamos lá, e que Deus nos ajude.
Ao termino das palavras do
capitão, o radar começou a apitar para todos os lados, vários caças estavam a
frente, logo começou a batalha do céu de Goiás, eram tantos os aviões no céu passando
de um lado para o outro que se não fossem os radares teriam caças brasileiros
atirando em compatriotas.
Jonathan derrubou dois
caças americanos, começou a ser seguido por um que parecia ser inglês,
fez manobras evasivas e se esquivou das metralhadoras do inimigo e conseguiu
ficar em cima do outro e o atingiu com suas armas derrubou este também foi
tanta a confusão de caças que foram uma meia dúzia a se chocarem, e logo os
caças se dispersaram em vários direções, Jonathan e mais dois companheiros
seguiram dois caças estes que não eram F16 comuns, derrubaram um que antes já tinha derrubado outro brasileiro, Jonathan
conseguiu atingir o sobrevivente, mas não foi um tiro que derrubasse o outro
caça.
- where we’re going? –
perguntou um dos tripulantes do avião americano – was to be Brasília.
- I do not know – respondeu o
navegador – He hás reached our navigation system.
- damn, I’m losing control now shoot.
Um brilho no céu foi a ultima
coisa que Jonathan viu na vida. 15:10h
DF Brasília 15:00h.
- Vejo um caça no radar! –
anunciou um dos operadores dos canhões do lago do Itamarati.
- O que está esperando? Sabe
as ordens! Atirem!
Contando foram 10 caças abatidos
pelos canhões, canhões estes que eram uma das duas novas tecnologias que o
governo desenvolveu quando os riscos de uma guerra por causa da sua água começou
a ficar evidente, os canhões foram construídos em segredo, e sua instalação em
baixo das águas do lago fora feito as escondidas de todos,os canhões tinham um
alto poder de fogo e ainda maior alcance e o tiro era rápido chegando quase próximo
a velocidade do som. Os destroços de caças e fumaças no céu, foram se dissipando
quando o ultimo caça surgiu no horizonte a sudeste, depois que o caça se
explodiu, um clarão surgiu no céu.
- O que é aquilo? – perguntou
um soldado – foi o seu tiro?
O clarão foi criando forma
em um cogumelo branco no ar.
- Não! Não foi o tiro dele
– respondeu o comandante, e sua face se esquentou, sua barriga ficou fria “será o que eu penso?”
- O que foi aquilo? –
perguntou a presidente olhando para o monitor, que piscou por um momento.
- É um cogumelo nuclear?
- Tivemos uma queda de
energia por causa de uma pequena onda magnética – informou um dos analistas de
sistemas.
- Radiação? ! – perguntou a
presidente temendo a resposta.
- Sim!
- Malditos! Covardes! Demônios!
– começou a xingar o comandante do exercito.
- Isso é crime de guerra! –
gritou o coronel da aeronáutica.
- Crime de guerra? –
gritou o coronel da marinha – isso é desumano.
- O que faremos agora? –
perguntou o ministro da defesa.
- Qual é a cidade? –
perguntou a presidente.
- Goiânia senhora –
respondeu um dos analistas, ela respirou fundo.
- Era para ter sido aqui –
refletiu ela - soltem a noticia – disse ela – de que Goiânia foi atingida por
um ataque nuclear, e que as mortes das pessoas daquela cidade, e de todas as
outras pessoas que morreram nesta guerra serão vingadas a altura, o Brasil responderá
a esse ataque, a esse insulto ao povo brasileiro, imediatamente, eles querem nos
dizer que “fazem aniquilação seletiva, criam um vazio que depois será enchido
com o vácuo por anos, enquanto a guerra popular avança? A paz está próxima, não
preciso mais do meu povo morrendo nesta guerra, nos mostraram hoje em Goiânia que
não a nada civilizado na guerra. Façam a ligação.
Por todos os campos de
batalhas do país
Ecoaram dos rádios, do
meio de trincheiras de todo o território brasileiro, das principais capitais, a
noticia de que Goiânia fora destruída por um ataque nuclear, fez-se silencio de
todos as trincheiras brasileiras, “um
ataque nuclear, no território brasileiro” pensavam todos isso era tão terrível,
até pouco tempo atrás inviável, em nenhum momento tínhamos pensado que chegaria
a este ponto, mas ele chegou ali estava ele, uma cidade inteira dizimada, isso
não bastava para eles, por que continuavam atirando então, por que não paravam
com a guerra? Um sentimento de tristeza e pesar por toda aquela gente caiu por
todo o exercito brasileiro. Mas que logo foi substituído por um sentimento de
raiva, ira, vingança, esse ataque a Goiânia, despertou em todos os brasileiros,
um sentimento que a muito esse povo tinha esquecido, o patriotismo, todos os
soldados sentiram o dever mais do que nunca de defender o território, de vingar
seus mortos, eles não morreriam em vão, por que se render? Para as pessoas que
invadiram nosso território trouxeram a guerra, o caos, morte e desgraça? Não eles
não iam fazer isso, “afinal somos
brasileiros, e como dizem não desistimos nunca” esse
foi o lema que tomou conta das linhas brasileiras, todos os soldados juntos por
mais que em campos separados, iriam juntos vingar seus irmãos, afinal eram
todos brasileiros, e assim experimentaram uma outra sensação, a mesma sensação
que é descrita nos livros de guerras medievais, o estase da batalha. E por
todos os cantos do Brasil, soldados avançavam contra o exercito inimigo,
destruindo com todos aqueles que não pediam misericórdia, pediam perdão para
esse povo tão guerreiro que é o
brasileiro.
Logo que recebeu o OK da
presidente o ministro da defesa, ligou para seus contatos japoneses, antes de a
guerra começar bem antes quando haviam apenas murmúrios de que isso de fato
iria acontecer, quando o Brasil começou a enriquecer, o governo brasileiro fez um
acordo com o governo japonês e chinês, e bancou uma pesquisa, duas novas armas
que poderiam mudar o rumo de uma guerra, fazia parte do acordo que o Brasil cederia
cidadania para os japoneses e alguns chineses escolhidos por esses dois
governos, em troca o Brasil teria suas amizades diplomáticas e quando chegada a
hora ele poderia dispor destas armas.
Que eram elas os canhões
que protegeram Brasília dos caças, e uma arma que seria usada apenas como
ultimo recurso, só apenas se os demais países infligissem algum crime gravíssimo
de guerra contra o país. E assim foi feito essa outra tecnologia era uma bomba,
a mais poderosa já feita pelo homem, a mais terrível das armas, indetectáveis por
qualquer sistema de segurança, e com o poder de destruição muitas vezes maior
que a bomba atômica, e que não destruiria em tese com a atmosfera do planeta
destruindo o mundo em um inverno atômico, essas terríveis bombas com o nome de “A mão esquerda de Deus” foram implantadas nas principais cidades dos países que
ameaçavam entrar em guerra com o Brasil.
O poder desta bomba saiu
muito além do esperado, e acabou desencadeando explosões fora de controle. Assim
parte da Europa, da Ásia e da America do norte foram destruídas, as explosões simultâneas,
foram sentidas e ouvidas de todas as partes o globo, tsunamis se levantaram dos
mares vulcões entraram em erupções. Os países assinaram os termos de paz,
soldados foram extraditados para seus países.
Três anos depois
CPI – da guerra, jornal o diário de Brasília.
“E termina a CPI da
guerra, aqui em Brasília os deputados, senadores brasileiros chegaram em um
consenso com os representantes internacionais, a CPI decretou o governo
brasileiro culpado das acusações de crime de guerra, pelo uso de armas de
destruição em massa, ficou decretado que o governo ajudará a reconstrução dos países
afetados, e abastecera com a água aos
outros países, mas não perderá nenhuma parte do território nacional, os demais países
que iniciaram a guerra ficam proibidos de reconstruir exercito, e fica
decretada a desativação de qualquer bomba
nuclear.
Ao fim da guerra, os
balanços negativos incluem desde a destruição de território, a morte de
milhões, a cidade de Goiânia foi isolada e assim ficara por todo o processo em
que a radiação demorar para se dissipar, fora inaugurado um monumento nos
limites a área segura para lembrar do que aconteceu ali, e outro em Brasília para
em memória a todos os brasileiros que morreram nos combates da guerra que
modificou o globo.
Os países do sul agora são
os países de primeiro mundo, tudo por causo da água o “ouro branco”, mas o
preço para isso foi alto, alto de mais.”
Civil War – guns ‘n’ roses
(tradução no vídeo) vale a pena ver.
"What we've got here
is failure to communicate
Some men you just can't reach
So you get what we had here last week
Which is the way he wants it, well, he gets it
I don't like it any more than you men"
Look at your young men fighting
Look at your women crying
Look at your young men dying
The way they've always done before
Look at the hate we're breeding
Look at the fear we're feeding
Look at the lives we're leading
The way we've always done before
My hands are tied
The billions shift from side to side
And the wars go on with brainwashed pride
For the love of God and our human rights
And all these things are swept aside
By bloody hands time can't deny
And are washed away by your genocide
And history hides the lies of our civil wars
Did you wear a black armband
When they shot the man
Who said, peace could last forever
And in my first memories
They shot Kennedy
I went numb when I learned to see
So I never fell for Vietnam
We got the wall of D.C. to remind us all
That you can't trust freedom
When it's not in your hands
When everybody's fighting
For their promised land
And I don't need your civil war
It feeds the rich while it buries the poor
You're power hungry selling soldiers
In a human grocery store, ain't that fresh
I don't need your civil war
Look at the shoes you're filling
Look at the blood we're spilling
Look at the world we're killing
The way we've always done before
Look in the doubt we've wallowed
Look at the leaders we've followed
Look at the lies we've swallowed
And I don't want to hear no more
My hands are tied
For all I've seen has changed my mind
But still the wars go on as the years go by
With no love of God or human rights
Cause all these dreams are swept aside
By bloody hands of the hypnotized
Who carry the cross of homicide
And history bears the scars of our civil wars
"We practice selective annihilation
Of mayors and government officials
For example to create a vacuum then we fill that vacuum
As popular war advances, peace is closer"
I don't need your civil war
It feeds the rich while it buries the poor
You're power hungry selling soldiers
In a human grocery store, ain't that fresh
And I don't need your civil war
I don't need your civil war
I don't need your civil war
You're power hungry selling soldiers
In a human grocery store, ain't that fresh
I don't need your civil war
I don't need one more war
I don't need one more war
Whaz so civil bout war anyway
mais uma vez me desculpem os erros de português, faze o que fui confiar do corretor ortográfico do word.