terça-feira, 22 de janeiro de 2013

“Piloto”. capitulo excluído

O vidro do ônibus embaçado pelo frio dos Campos Gerais me fez lembrar do que minha mãe disse mais cedo “vai de calça, no ônibus é frio” eu ri dela “da onde mãe olha o calorão que está aqui”. - #CONGELANDO! 
— Por que não ouvi ela?.
Eu chego a rodoviária, e o ônibus para em um solavanco suave, as luzes do interior se acendem, e todos ficam em polvorosa para sair dele, a multidão vinda dos acentos de trás do ônibus cabine a dentro e depois escada abaixo. Parecia uma debandada, o que me lembrou de uma épica cena do Rei leão.
Espero o povo sair depois mais tranquilo, por fim pego o mochilão no bagageiro e me viro para o portão de desembarque fico ali paralisado por alguns momentos nunca tinha visto tanta gente junta desde que meu primo pisou em um formigueiro (ou seja eu nunca tinha visto tanta gente junta, pois do formigueiro saíram milhares de formigas e não pessoas - lógico) a estação rodoviária era um verdadeiro formigueiro humano, centenas de pessoas andando de um lado para o outro e dentre elas nenhuma conhecida.
Fui procurar alguém.
Por que mesmo eu fiz isso? #Fica-a-dica: quando você esta perdido não se mova do único lugar onde as pessoas que você procura sabem onde te encontrar, eu sai...
Moral da história: Fiquei perdido! Andei por corredores e saguões, corri de algumas testemunhas de Jeová e quase perco minha mala para uma velha maliciosa e ladra que aproveitou o momento de descuido meu. Ela ainda teve a audácia de me mostrar o dedo do meio.
Voltei ao guichê desesperado. Eu estava pronto para pedir uma passagem de volta quando ouvi. Uma moça falou por cima do barulho da multidão, a voz vinha dos alto-falantes da rodoviária.
— Sr. Luiz Fernando Tuk. Seu primo o espera na central de informação... (ela poderia ter dito também – “idiota se tivesse ficado parado não teria se perdido”).
Quando eu cheguei no corredor que levava a central de informação uma cabine de vidro, lá podia-se ver um balcão com um computador no qual a moça do auto-falante ficava e sentado em umas cadeiras a frente estava meu Primo Marcelo mexendo em seu celular quando ele desviou o olhar da tela do celular e me viu se levantou da cadeira dirigiu-se até a moça falou qualquer coisa para ela que sorriu, depois a beijou por cima do balcão e saiu.
— Ei primo! — gritou ele da porta — por onde você andou? Te procurei por toda parte, pensei que você tinha ido para a casa de novo — eu sorri nervoso.
— Estava te procurando também — falei agora ele já estava a poucos passos de distancia, quando ele saiu correndo em direção.
— Quanto tempo Nando — falou ele correndo de braços abertos em minha direção, “a não, não, não você não vai fazer isso... sim ele vai fazer isso” quando nós éramos mais crianças Marcelo sempre fora maior do que eu e quando nós nos encontrávamos ele sempre fazia o que ele estava fazendo agora diante de todos que passavam pelo corredor, ele me abraçara e erguera me deixando com metade do corpo para cada lado de seu ombro e me girava.
— É! bastante — respondi com o pouco do ar que tinha nos pulmões então ele me colocou de novo no chão.
— Como foi de viagem? — perguntou ele começando a andar.
— Foi boa...
— Santo cristo — praguejou ele — que mala pesada você trouxe sua mãe junto com você? — e gargalhou.
— Não — eu ri — então namorando é? Vai ser um alivio para sua mãe ela sempre achou que você fosse Gay — eu ri, mas ele ficou sério.
— Uol! Primeira regra do apartamento, sem piadinhas de Gays — ele me repreendeu — e não, não estou namorando, se esta se referindo aquela moça só estava retribuindo o favor que me prestou e ela era gostosa — ele riu dando de ombros —– vamos pegar o taxi para ir para casa nós temos muito o que conversar.
Quase uma hora depois nós chegamos ao apartamento se Marcelo.
“O condomínio” – algo que vou descrever depois, e principalmente, seus moradores.

- Lar doce lar – falou ele ao entrar pela porta, eu entrei logo atrás e joguei a mochila no chão e me sentei em um sofá ao lado de Marcelo – aqui é a sala – falou ele, eu reparei era bem espaçosa tinha uma TV LED um som um sofá em forma de L na estante nenhum livro “que pena” eu um canto um computador – ali nesta porta é a cozinha, do outro lado são os quartos o banheiro.
— Ual! — exclamei — bem grandinho até, isso que minha mãe me assustou que os apartamentos são uma fortuna aqui que provavelmente nós dividiríamos uma sala/quarto/cozinha.
— Mas ela não esta errada — falou ele ligando a TV — o aluguel aqui custa uma fortuna minha companheira de quarto paga a maior parte dele — ele falou, no momento que alguém gira a chave do outro lado da porta — a deve ser ela chegando, Ta aberta — gritou ele.
Então a porta se abriu, pareceu uma cena de cinema, em minha cabeça até uma trilha sonora tocou ao fundo, pela porta entrava a mulher mais linda que eu já vira na vida, morena de cabelos lisos e negros que se agitavam como se um vento sobrasse forte do corredor para dentro do cômodo, pele cor de chocolate, perfeitinha em um corpo escultural. Senti meu queixo caindo devagar, meu coração se acelerou, eu tinha me apaixonado a primeira vista, e então meu primo sussurra ao meu ouvido.
— Ela é Gay Nando — minha boca se fechou meu mundinho se quebrou como se fosse de vidro, até o barulho de um disco interrompido surgiu, ele se levantou do sofá.
— Daiane peguei mais uma na rodoviária hoje minha conta já fecha em 20 neste começo do ano — falou.
— pegou é? — falou a moça — que nota ela?
— uma 8.
— Até acredito — falou ela fazendo pouco caso, fechando a porta jogando e indo para o sofá.
— Não ta acreditando é? — meu primou fez a cena de um cara que esta sofrendo um ataque cardíaco, levando a mão ao peito — Nando conte a ela, que nota você daria a ela?
— 8 ou mais – respondi depois de um tempo.
— Ah Daiane, esqueci de apresentar, esse é o Nando meu primo que vai mora conosco.
Mais barulhos na porta. Então ela fica escancarada e um cara bombado cai de quatro, uma menina baixa toda vestida de preto e o cabelo azul petróleo montada em cima dele. Ambos brigando por algo nas mãos do rapaz:
— Devolve agora meu rímel!
— Não! Eu preciso para minha última peça de teatro...
— AH não vai devolver... — a garota pega um batom do bolso. Prende os joelhos nos braços do garoto numa pose para lá de quente. Tira a tampa e passa no rosto dele que grita inconformado. Satisfeita levanta decidida, arranca o rímel da mão dele e diz para mim um oi gélido e depois sai pela porta. O garoto balbucia algo atrás da maquiagem vermelha borrada. “É” penso “Vou gostar daqui”.


sábado, 19 de janeiro de 2013

PILOTO primeiro borrão (excluído)

Eu estava com o rosto contra o vidro frio do ônibus que veio dos Campos Gerais, o vidro embaçado pela minha respiração um arrepio subiu minha espinha, aquele ônibus estava frio, a voz de minha mãe ecoou em minha mente, “vai de calça, no ônibus é frio” eu ri dela “da onde mãe olha o calorão que está aqui”.
- Por que não ouvi ela – resmunguei para mim mesmo, o ar condicionado do ônibus gelava até os ossos de tão forte.
- Falou comigo? – uma senhora de idade resmungou em resposta.
- Não senhora estava me lembrando de uma coisa que minha mãe me disse, está muito frio aqui – falei eu me abraçando para espantar o frio.
- É nunca escutam – falou ela dando um tapa na minha cabeça. Se virei para a janela novamente, observando a paisagem já escurecia  lá fora.
- Então o que te trás a capital rapaz? – perguntou a senhora “droga por que eu fui responder da primeira vez? Quis ser educado e agora ela acha que eu quero conversa”.
- Eu vou cursar letras na UTFPR ano que vem – respondi com um sorriso no rosto.
- Letras? – a senhora repetiu – Vai fazer musica?
- Não minha senhora Letras, é mesma coisa que português...
- Rá! – ela exclamou – quer ser professor? – ela continuou – quero ver você vive com um salário de professor, eu tinha uma vizinha que era professora, espere uns anos e você vai dar razão ao que eu digo seu moço daí você vai pensar como agora pouco, teime como fez com a sua mãe daqui a um tempo você vai ficar pensando Bem que a Dona Mufasa me avisou – falou ela imitando um tom de voz mais grosso que sua voz.(eu não me lembro o nome daquela senhora que veio o no meu lado na viagem até a capital por isso a chamarei de Mufasa, mas para frente vocês saberam por que)  “ainda bem que eu não quero ser professor” pensei eu, já tinha pensado nisso antes de servir ao exercito um ano antes quando estava descobrindo o que eu faria da minha vida logo depois de sair do colégio, pensei em fazer Ciência da computação, pois achava melhor lidar com computadores do que pessoas, mas logo vi que os computadores eram ainda pior do que as pessoas, demorou um pouco para que eu percebesse que a única coisa que eu gostava na verdade que era ler meus livros e escrever meus próprios pois pessoas fictícias são melhores companhias na maioria das vezes do que as do mundo real, e eu tinha decidido que faculdade eu faria, mas o que me levava a deixar para trás o ninho da mãe, pois em minha cidade eu meu futura lecionar, e bom... Eu não tenho paciência para tal coisa. Então restou-me abandonar minha pacata cidadezinha no interior e partir de “Mala e Cuia” para a capital onde as oportunidades nesta área será maior (assim espero) de volta de meu devaneio notei que aquela senhora esperava alguma resposta para uma pergunta a qual não tinha ideia do que fosse, então sorri e acenei com a cabeça, e me virei para fora novamente.
- Quanto tempo falta ainda? – sussurrei depois parei e pensei “droga qual o meu problema por que tive que perguntar em voz alta? Ela vai achar que eu estou querendo prolongar a conversa”, de fato foi ela respondeu.
- Não muito, agora acabamos de passar por São Mateus agora só umas duas Horas – “Por Eru” praguejei eu “tudo isso ainda” não me virei nem para agradecer a velha senhora, em vez disso fechei os olhos para fingir que estava dormindo quando ouvi.
- Ai minhas pernas – gemeu ela ao meu lado “não,não,não,não...” rezei eu, quando viajo de ônibus sempre viajei nas primeiras poltronas, nunca soube por que, mas uma das explicações era ficar mais longe possível do banheiro e de seu cheiro, mas uma das contra propostas era que (como eu temia que aquela senhora estava fazendo ou iria fazer) era esticar os pés descalços no vidro da cabine do motorista (o que eu acho nojento... Ah alguns me chamam de fresco por isso e outras coisas mais)  espiei com um olho era exatamente o que ela estava fazendo.
Passou uns dez minutos lá fora já era noite quando ela me dirigiu a palavra novamente.
- Ei filho se importaria de fechar a cortina? Quero dar uma cochilada até nós chegarmos na rodoviária.
Eu fechei a cortina e fechei meus olhos, mas não dormi, nunca conseguiu dormir em viagem,coloquei os  fones de ouvidos e dei play começava a introdução de Thunderstruck do AC/DC. Duas faixas para frente a nona sinfonia de Beethoven, outras duas e por incrível que me pareça eu estava cochilando.
Desperto do meu ultimo cochilo longo retiro os fones do ouvido  e o ônibus se mostra escuro e quieto apenas o som do motor rugindo abafado Lá de fora quebra esse silencio, mais um tempo e começam os sussurros dos outros passageiros eu abro um fresto na cortina para espiar lá fora e fico bestificado com a imagem que chega aos meus olhos, como uma criança bestificada que olha pela primeira vez a capital de seu estado um caipira que olha as luzes de uma verdadeira cidade grande.
Um dos prédios me chamou mais a atenção nunca fiquei sabendo qual era ele na verdade eu naquela hora eu queria que fosse o meu ou ao qual eu iria morar com o meu primo (HAHAHA doce sonho de criança) esse prédio era envolto na escuridão da noite mas subia a metros á cima rumo ao céu e dele milhares de luzes como se fossem estrelas capturadas do céu e presas naquela torre, era magnífico.
Eu chego a rodoviária, e o ônibus para em um solavanco suave, as luzes do interior se acendem, e todos ficam em polvorosa para sair dele, a senhora do acento ao meu lado é carregada pela multidão vinda dos acentos de trás do ônibus cabine a dentro e depois escada abaixo.
- Parece uma debandada – me lembro do Rei leão – Pobre Mufasa.
Espero o povo sair depois mais tranquilo eu começo a sair, passando a fronteira entre a porta do ônibus e o ambiente externo um mormaço me atinge quase me ocasionando um choque térmico, por fim pego o mochilão no bagageiro e me viro para o portão de desembarque fico ali paralisado por alguns momentos nunca tinha visto tanta gente junta desde que meu primo pisou em um formigueiros (ou seja eu nunca tinha visto tanta gente junta, pois do formigueiro saíram milhares de formigas e não pessoas) a estação rodoviária era um verdadeiro formigueiro humano, centenas de pessoas andando de um lado para o outro e dentre elas nenhuma conhecida.
- Essa não!
Sai do portão hora arrastando a mala hora a carregando uma mala enorme daria para esconder duas crianças e uma família de cachorros e ainda sobraria espaço, eu parei Novamente ao lado do portão muitas pessoas passavam por mim sem olhar outras resmungavam que minha mala estava atrapalhando o trafico ali, mas eu fiquei por ali por uns vinte minutos depois resolvi procurar alguém de conhecido (por que mesmo eu fiz isso? #Fica-a-dica: quando você esta perdido não se mova do único lugar onde as pessoas que você procura sabem onde te encontrar, eu sai...)
Andei arrastando aquela mala abrindo caminho por pessoas estranhas, contornei a rodoviária e não achei ninguém e o pior se perdi ainda mais, agora nem sequer me lembrava em qual portão tinha desembarcado, fiquei parado por mais um tempo quando resolvi fazer umas coisa, depois de contornar a rodoviária cheguei ao guichê da mesma companhia rodoviária a qual eu tinha vindo de minha cidade natal até aquele mar de gente, e ali eu iria fazer a única coisa que eu achava possível se fazer naquelas condições antes que o ultimo ônibus partisse eu iria comprar uma passagem de volta para minha casa pois eu havia me perdido em uma rodoviária.
O que acredite se quiser não é a primeira vez...
(1993 – Era uma manha quente, uma jovem grávida de seu primeiro filho viajava sozinha vinda de Joinville De onde tinha ido visitar a família do marido, ela nunca tinha viajado sozinha na vida, mas seu marido teve que voltar mais cedo, pois o trabalho o chamara e ali estava ela sozinha indo rumo a cidade de Porto União seu destino final, Já haviam se passado 4 horas de viajem e então passaram o portal daquela cidade e o ônibus parou na rodoviária.
Ela deu graças por ter parado pulou do ônibus pegou suas malas e saiu da rodoviária, Lá pelas tantas ela começou a estranhar a própria cidade, via uma igreja que nunca tinha visto antes uma escola... só depois ela se deu conta de que tinha descido na cidade errada, ela andava agora por canoinhas uma cidade antes de seu destino ela desceu do ônibus... Sim essa jovem era minha mãe e o bebe que ela carregava em seu ventre era eu) de volta de meu pequeno devaneio eu estava de frente para o vendedor que me perguntava:
- Em que posso lhe ser útil?
Eu estava pronto para pedir uma passagem de volta quando ouvi. Uma moça falou por cima do barulho da multidão, a voz vinha dos alto-falantes da rodoviária.
- Sr. Luiz Fernando Tuk. Seu primo o espera na central de informação...
- Hã sim – respondi para o vendedor – você saberia me informar aonde fica a central de informações da rodoviária?
            O rapaz me explicou o caminho e lá fui eu arrastando minha mochila, quando eu cheguei no corredor que levava a central de informação uma cabine de vidro de uns 3X3 metros, lá podia-se ver um balcão com um computador no qual a moça do auto-falante ficava e sentado em umas cadeiras a frente estava meu Primo Marcelo Tuk mexendo em seu celular quando ele desviou o olhar da tela do celular e me viu se levantou da cadeira dirigiu-se até a moça falou qualquer coisa para ela que sorriu, depois a beijou por cima do balcão e saiu.
            - Ei primo! – gritou ele da porta – por onde você andou? Te procurei por toda parte, pensei que você tinha ido em borá de novo – eu sorri nervoso.
            - Estava de procurando também – falei agora ele já estava a poucos passos de distancia, quando ele saiu correndo em direção.
            - Quanto tempo Nando – falou ele correndo de braços abertos em minha direção, “a não, não, não você não vai fazer isso... sim ele vai fazer isso” quando nós éramos mais crianças Marcelo sempre fora maior do que eu e quando nós nos encontrávamos ele sempre fazia o que ele estava fazendo agora diante de todos que passavam pelo corredor, ele me abraçara e erguera me deixando com metade do corpo para cada lado de seu ombro.
            - É bastante – respondi com o pouco do ar que tinha nos pulmões então ele me colocou de novo no chão.
            - Como foi de viagem? – perguntou ele começando a andar.
            - Foi boa...
            - Santo cristo – praguejou ele – que mala pesada você trouxe sua mãe junto com você?- e gargalhou.
            - Não – eu ri – então namorando é? Sempre vai ser um alivio para sua mãe ela sempre achou que você fosse Gay – eu ri, mas ele ficou sério.
            - Uol! Primeira regra do apartamento, sem piadinhas de Gays – ele me repreendeu – e não, não estou namorando.
            - Ué mais e aquela moça ali – apontei para trás a moça do auto falante.
             - Ah ela, só estava agradecendo um favor – ele deu de ombros – vamos pegar o taxi para ir para casa nós temos muito o que conversar.
            Quase uma hora depois nós chegamos ao apartamento se Marcelo.
            - Lar doce lar – falou ele ao entrar pela porta – bem-vindo Nando – eu entrei logo atrás e joguei a mochila no chão e me sentei em um sofá ao lado de Marcelo – aqui é a sala – falou ele, eu reparei era bem espaçosa tinha uma TV LED um som um sofá em forma de L na estante nenhum livro “que pena” eu um canto um computador – ali nesta porta é a cozinha, do outro lado são os quartos o banheiro.
            - Ual! – exclamei – bem grandinho até, isso que minha mãe me assustou que os apartamentos são uma fortuna aqui que provavelmente nós dividiríamos uma sala/quarto/cozinha.
            - Mas ela não esta errada – falou ele ligando a TV – o aluguel aqui custa uma fortuna minha companheira de quarto paga a maior parte do aluguel – ele falou, no momento que alguém gira a chave do outro lado da porta – a deve ser ela chegando, Ta aberta – gritou ele.
Então a porta se abriu, pareceu uma cena de cinema em minha cabeça até uma trilha sonora tocou ao fundo, pela porta entrava a mulher mais linda que eu já vira na vida, morena de cabelos lisos e negros que se ajitavam como se um vento sobrasse forte do corredor para dentro do cômodo,  pele cor de chocolate, perfeitinha em um corpo escultural.  Senti meu queixo caindo devagar, meu coração se acelerou, eu tinha me apaixonado a primeira vista, e então meu primo sussurra ao meu ouvido.
- Ela é Gay Nando – minha boca se fechou meu mundinho se quebrou como se fosse de vidro, ele se levantou do sofá.
- Daiane peguei mais uma na rodoviária hoje minha conta já fecha em 20 neste começo do ano – falou.
- pegou é? – falou a moça – que nota ela?
- uma 8.
- Até acredito – falou ela fazendo pouco caso, fechando a porta jogando e indo para o sofá.
- Não ta acreditando é? – meu primou fez a cena de um cara que esta sofrendo um ataque cardíaco, levando a mão ao peito – Nando conte a ela, que nota você daria a moça da central de informações?
- 8 ou mais – respondi depois de um tempo.
- ah Daiane, esqueci de apresentar, esse é o Nando meu primo que vai mora conosco.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


“Dead Horse”  
 M. Alexandre E. 

Estava sentado naquela sala há dez minutos ao que mostrava meu relógio, mas que pareciam horas, estava sentado em uma cadeira fria, em minha frente uma mesa branca do teto pendia uma lâmpada que iluminava apenas o centro da sala deixando o resto em uma penumbra da qual quase nada podia ser visto (ou valia apena prestar atenção) com a exceção daquele espelho de frente pra mim um espelho enorme.
- Nossa é igual aos que se vê nos filmes – falei para mim mesmo.
Mais cinco minutos de silencio absoluto quando ouço a porta atrás de mim se destrancar e abrir.
- Ah já era hora pensei que tinham me esquecido aqui.
A porta se fecha novamente, o vento frio faz balançar a lâmpada e a luz tremeluzir. Da penumbra um homem de sobretudo marrom puxa uma cadeira e se senta do outro lado da mesa e fica me fitando com olhos negros profundos, ele usa cabelo bem aparado castanho cavanhaque, seu rosto já cansado aparentava uns trinta e poucos anos, e sua voz quando falou era grossa e forte.
- Então – começou ele folhando os papeis de uma pasta que ele tinha trazido com sigo – como se sente senhor – ele fez uma pausa lendo meu nome na ficha, como se ele já no o soubesse – Jean?
- Enjoado dessa vida... – dei de ombros – Não que você devesse se importar.
- Você não é o único, que sente isso.
- Estou ciente disso sabia que mais de dez milhões de pessoas tem depressão só no Brasil atualmente?
- Então você tem depressão? – perguntou ele folheando novamente os documentos dentro da pasta – Aqui não diz nada...
- É por que eu não tenho – dei de ombros novamente – Apenas um dado que achei importante para o rumo que esta conversa está tomando.
- Então por que você esta enjoado da vida? – pergunta ele depois de uns minutos me olhando com um olhar profundo.
- Ah – pensei um pouco na resposta – ninguém endente...
- Ninguém entende o que?
- Por que estamos aqui – falei pensei em repreendê-lo pela interrupção mas eu não estava em posição de repreender ninguém depois de tudo que eu fiz – procuramos por respostas que nunca aparecem.
- Talvez não estejamos procurando com cuidado – Falou ele, eu queria saber até onde ele iria levar aquele papo.
- Ah sim, eu vejo – se ajeitei na cadeira de modo que eu pudesse apoiar os cotovelos na mesa e apontar para ele enquanto dizia – que você está tentando entendê-la também, essa vida que todos nós atravessamos...
- A única coisa que eu estou tentando entender aqui é por que um Jovem bem sucedido como você fez aquilo Jean – eu voltei a se encostar na cadeira.
- Depois que ela disse que iria destruir o meu carro... eu não sabia o que fazer.
- Procurasse ajuda, Não...
- Sabe, às vezes Algumas vezes eu sinto como eu estivesse batendo em um cavalo morto – afrouxei o nó da gravata que começava a me sufocar – Você não?
- Do que você esta falando?
- Eu não sei – de repente notei que uma nevoa nos rodeava e em um piscar de olhos eu não estava mais naquela sala escura com o policial me interrogando, mas eu tinha voltado ao inferno, o inferno pode parecer diferente para cada tipo de pessoas, o meu era aquele estacionamento do Hotel onde eu estava hospedado onde tudo aconteceu .
Ele estava vazio com a exceção de uma vã a cinquenta metros de onde eu e ela estávamos, sombras dos pilares se deitavam sob o asfalto manchado de óleo, as lâmpadas piscaram emitindo um som de energia estranho
            - E eu não sei por que você me magoaria, Eu gostaria de pensar que nosso amor vale um pouco mais – eu dizia para ela, Gisele estava em minha frente, seus cabelos louros estavam presos em um Rabo-de-cavalo ela tinha me dito que iria embora para sempre e eu relutava em aceitar – Pode parecer engraçado, era para ser engraçado? – perguntei a ela, lagrimas surgiram em meus olhos, eu forcei um sorriso – você pode pensar que eu estou sorrindo – falei – mas essa brincadeira não tem mais graça – ela sorriu pareceu um sorriso forçado também.
            - Algumas coisas nunca mudam não é? – ela acenou com a cabeça em negativa – Nunca mudam...
A cena foi se desfazendo com se estivesse em água, e eu voltei para aquela sala escura, o policial estava de pé sua cadeira estava tombada no chão, o que indicava que ele tinha levantado sem arrastá-la e pela posição que se encontravam suas mãos ele tinha batido forte na mesa querendo me acordar de meu devaneio.
- Desculpe... – falei – fui longe com o pensamento agora – ele ajeitou a cadeira e andou para a sombra por um segundo ele ficou em silencio então eu vi da escuridão uma luz bruxuleante de um isqueiro, ele voltou a se sentar na cadeira.
- Você quer? – falou ele passando um cigarro em minha direção.
- Não, obrigado eu não fumo.
- Hum – ele soltou círculos de fumaça em minha direção, a porta atrás de mim se destrancou novamente e eu senti a luz tremeluzir novamente quando o outro oficial entrou na sala.
- Chega de conversa fiada Tom – falou o recém chegado. Tom olhou para ele e depois para mim.
- Então você chegou – falou ele – coitado de você filho – falou ele olhando diretamente para mim – o velho Bill aqui é nosso mestre em interrogatórios, não ah nada nenhuma verdade que ele não arranque de você, não importa o quão fundo você a esconda – falando isso Tom levantou da cadeira e deixou a sala. O homem que se chamava Bill sentou na cadeira eu o olhei era moreno o cabelo negro olhos negros também em um tom profundo tinha uma barba por fazer usava o sobretudo preto, ele cruzou as mãos em cima da mesa, e ali estava no dedo médio da mão direita, um anel de ouro, o mesmo anel que eu vi das sombras naquele dia do estacionamento, “pelo jeito o velho tinha razão” pensei comigo.
- Ei belo anel – falei quebrando o silencio que se instalava na sala.
- Chega de papo furado – falou ele em resposta, sua voz era grosa próxima a um arroto – é melhor você começar a contar à história que eu quero ouvir.
- Ual – exclamei – direto ao ponto, pois bem – fiz uma pausa e coloquei os braços estendidos sobe a mesa, e à medida que minhas palavras foram saindo de minha boca minha mente fora revivendo cada coisa que eu relatava.
Eu estava novamente no estacionamento, Gisele virará de costas para mim, eu não estava entendendo o que ela queria dizer com agora pouco antes de ela me dar às costas.
- Já chega Gisele – gritei minha voz por um momento deixou de sair tremida – me diga o que esta acontecendo. Você não esta falando coisa com coisa.  Me diga a verdade.
- Eu... – ela começou, mas eu não tinha terminado.
- Eu não consigo pensar, não consigo acreditar que nosso amor era de mentira, que tenha sumido de uma hora para outra. Me responda você não me ama mais?
- Se eu te abandono agora, não é por que eu não te ame, mas por te amar que faço isso.
- Você esta se ouvindo? – falo eu – para um pouco para pensar se suas palavras condizem com o que você esta fazendo? Quem ama não faz isso que você esta fazendo. Então não continue falando isso. Você não acha que por tudo que nós vivemos eu não mereço a verdade? – minha voz tremeu no final da frase, e então ouvi passos ecoando vindos da escuridão do outro lado do estacionamento da parte de onde subia a escada, o som dos passos começaram a aumentar de tamanho e logo uma risada veio junto com os passos.
- Vamos Gisele – falou uma voz de homem vinda da direção dos passos.
- Quem é? – pergunto eu, Gisele parece tremer com o som da voz, o homem não responde, mas continua a avançar, até que ele saiu para a luz. Um homem auto moreno barba bem feita olhos negros se pós ao lado de Gisele e passou o braço por trás do corpo de Gisele, minha ira explodiu dentro do peito. Eu nem se dei conta do que ela tentou se afastar do toque, para mim pareceu que ela estava até sorrindo. Eu gritei.
- Então é isso – minha voz ecoou fantasmagórica no estacionamento – é por ele que você esta me deixando? – o outro gargalhou – por favor Gi diga que não é verdade...
- Diga – interrompeu o outro – conte a ele Gisele, querida – ela fuzilou o ele com o olhar depois lentamente olhou para mim, com os olhos pesados.
- É – falou ela que abaixou a cabeça não conseguindo sustentar o meu olhar e olhou para o chão. Meu mundo que estava por um fio desabou ao ouvir aquilo eu cai de joelhos, o homem riu novamente e falou em sua voz fria.
- Já chega já tenho o que queria – neste momento um carro entrou pela rampa que saia do estacionamento para a avenida, o carro entrou correndo, o som dos pneus cantando no asfalto invadiram por todo o estacionamento, e depois desse outros vieram atrás do primeiro, e por cima de tudo ouvi a voz abafada de Gisele.
- O que você esta fazendo? – perguntou ela.
- Calada – respondeu o homem.
- Não esse não era o plano – ela parecia ficar preocupada – eu o deixei... você prometeu não fazer nada com ele – o homem gargalhou mais alto.
- Sua estúpida – rosnou ele agora os carros tinham parado envolta de nós os faróis acessos me cegavam – eu nunca tive a intenção de deixá-lo viver, eu só achei que seria bom de vê-lo perdê-la ates de morrer, e foi mesmo – eu olhei para eles e vi duas sombras uma que eu pensei sendo o homem empurrou o outro, e Gisele caiu no chão.
Eu fiquei ali por uns instantes pasmo sem entender o que acontecia esperando o que tudo aquilo fosse um sonho do qual eu acordaria a qualquer momento, e de fato acordei sim, mas acordei desse pequeno devaneio que tive e voltei a realidade um murro na boca do estomago, um outro homem saia da luz sem que eu percebesse trouxera minha mente novamente para o chão daquele estacionamento e tombei para trás com a cabeça em uma mancha de óleo do asfalto.
Ouvi algo parecido com um tapa e o vulto de Gisele parecia estar caindo novamente, depois tudo aconteceu muito rápido, vários gritos risadas uma ordem de morte e uma explosão cheiro de pólvora no ar de repente o corpo de Gisele surgiu em minha frente de costas para as luzes a frente olhei por cima do seu ombro envolto em sombras se escondia quem apertara o gatilho, eu não podia ver nada além da mão que empunhava a arma e nela estava um anel com uma pedra vermelha em um dos dedos.
Ela estava de frente para mim de forma que eu pude ver uma luz no fundo de seus olhos abandonar o seu corpo, sangue escorria de sua boca no momento que ela sussurrava “me perdoe” e assim o corpo de Gisele tombou sobre o meu parecendo pesado mais pesado do que alguma vez foi e eu cai mais uma vez deitado no chão com o corpo dela em cima do meu foi quando perdi os sentidos, acho que me deram como morto também na certa pensaram que o tiro tinha alvejado aos dois pois quando eu acordei minutos depois o estacionamento estava vazio com exceção de mim e meus fantasmas.
Me ergui meio confuso com o corpo de Gisele no colo e ali como um menino chorei sua morte, procurando uma explicação para tudo o que tinha acontecido ali  e não achei nenhuma deixei ela deitada no chão com delicadeza e sai correndo para a escuridão que nos envolvia gritando em ira por onde eu corria só encontrava  as paredes do estacionamento demorou um pouco até que achei a saída.
A rua estava deserta a iluminação publica já enfraquecida pela aurora, olhava para os lados e não via nenhum sinal de ninguém quando um som de sirene me assustou de repente descendo a avenida dezenas de luzes vermelhas piscando vinham aumentando de tamanho, fui preenchido pelo medo, não sei por que, mas fugi corri na maior velocidade q conseguiu imprimir as minhas Pernas cansadas.
- então essa é a sua história? – perguntou o policial sentado agora de frente para mim, seus dedos entrelaçados em frente ao rosto ele me olhava sério seus olhos penetravam fundo parecia que estava lendo minha mente e que tinha visto a mesma cena que eu tinha contado em minha mente – Mais alguma coisa? – falou ele – como você explica esses dias desaparecido?
- Eu fugi depois que vi as viaturas chegando, meu mundo tinha ruído eu não sabia o que fazer vaguei por um dia nas ruas, quando descobri que estavam me culpando pelo assassinato da pessoa que eu mais amava no mundo.
“eu queria achar os responsáveis por essa barbaridade, mas com a policia nas minhas costas eu não iria conseguir então eu saquei dinheiro peguei um carro e corria para onde a estrada me levasse, e ela me levou para o interior, quando parei e tomei ciência de onde estava notei que estava no norte do Paraná entre a divisa com Mato grosso, e lá eu o encontrei”.
- Encontrou o que? Quem? – perguntou ele parecendo nervoso.
- Um velho vaqueiro – respondi – eu vi o olhar nos olhos daquele velho, algo me diz que ele já esteve aqui antes – falei olhando para os lados.
- Por quê?
- Por que a experiência lhe torna sábio não é o que dizem?
- Do que você esta falando?
- Ele sabia de muita coisa daqui de dentro – respondi – da sua milícia – a expressão do velho Bill mudou e sua mascara passou a mostra uma ponta de medo ele tentou se mexer, mas eu o prendi com a minha vontade – ele me deu as respostas para todos meus enigmas seu miserável – a raiva explodia em meu peito – o homem quem planejou tudo o que aconteceu naquele estacionamento contratou sua milícia para acabar comigo, E VOCÊ – gritei e neste momento a mesa voou e grudou no teto se esmagando, e o policial a minha frente voou também direto para o vidro da parede espelhada que se trincou e ali ele ficou como que se com uma força invisível a pressionar ele contra o vidro – você foi quem puxou o gatilho e matou Gisele – eu me levantei e andei com tranqüilidade para perto dele, podia sentir a presença dos outros policiais tentando forçar a entrada para a sala, mas eu os impedia, de repente a porta começou a ficar incandescente e todos que encostavam nela se queimavam.
- O que é você? – perguntou ele lutando por ar.   
- Muitas coisas o velho me fez lembrar, eu era criança é verdade mas eu sabia que eu era filho de uma arma e uma arma também, mas eu nunca precisei usá-la e ela ficou adormecida, mas aquele velho tinha o dom, e fez acordar o demônio dentro de mim – falei, olhei meu reflexo no vidro trincado, meus olhos tinham sumido em vez deles apenas uma orbita negra rasgada por veias brancas estavam, em minha face veias estavam saltadas e negras  – eu sou o que você poderia chamar de uma alma velha – falei olhando para ele e o rosto dele se torceu em agonia – você pode achar que eu sou um demônio,mas seja o que for sou alguém o qual você não devia ter mexido – falei e todas as paredes da delegacia ficaram incandescentes também, alguns policiais tentaram fugir mas as portas se trancaram – estou cansado dessa vida, estou cansado de bandidos como você, e eu não sou o único que pensa assim, amanha as manchetes dos jornais estamparam a história de como uma delegacia sumiu em luz não deixando nenhum sobrevivente – as luzes começaram a brilhar mais e mais, o vidro se estilhaçou de vez, Bill caiu morto do outro lado e o prédio da delegacia se explodiu...
E o vento levou minhas ultimas palavras para onde quer que Gisele estivesse.

“Agora eu sei que você nunca me magoaria.
Sei que nosso amor era de verdade.
Pode soar engraçado agora, mas eu sei que você não estava sorrindo”.
  


O conto dos 6

O conto dos 6 – sinopse 
"O planeta Terra não existe mais. A ganância e o poder levaram os humanos a destruir seu próprio lar, mas ainda há esperança. Um novo mundo. Uma nova vida. Conheça Éden: um lugar onde a magia irá despertar novamente.”

Reis, elfos, leões e até os temíveis Ceifeiros povoam este livro de Marcos Esteves. Pronto para viajar até o norte na Companhia dos seis e consultar o conselho guardião do tempo? Mas antes que tal descer até as raízes da natureza, lar das belas dríades. Esqueci-me de mencionar que por toda Serenit, um dos três planetas que formavam o Éden, há uma extensa guerra pelo poder. Digo formava, por que um deles simplesmente não existe mais, apenas um cinturão de asteróides marca a sua existência. 

Um livro com grandes reviravoltas, onde a linha entre o bem e o mal deixou de existir. Alexander e Sheon, são responsáveis pelos limites desta frágil linha e você ao ler estas páginas encantadas deverá escolher de qual lado vai ficar. Pois como diz Rafael Dracon, O” bem e o mal apenas estão disputando seus pontos de vista.”

       Prólogo – O manuscrito dos Oráculos.

No início não existia nada, nem o próprio vácuo existia, nem estrelas nem nada, apenas luz e trevas, o universo era dividido em dois lados, como um imenso yin-yang.  Mas não era uma divisão daquelas em que a escuridão vai clareando ao chegar próximo a luz, mas sim como em um tabuleiro de xadrez imagine duas casas do tabuleiro preto e branco era aquela a divisão do universo antes do inicio do tempo, e na linha divisória, um cajado dividia as duas casas, um cajado Branco era mais ou menos de um metro e oitenta bom seria se existisse metragem. O cajado era branco a haste tinha umas runas escritas em toda a madeira, na extremidade superior havia uma pedra verde redonda, do tamanho de um limão nem grande nem pequena, a qual a haste envolvia a pedra em uma espécie de concha aberta, esse era o cajado de Ojased, a única coisa que existia em todo espaço, por eras foi assim.
         Em uma dessas eras, o universo continuava em sua inexistência, quando logo abaixo, do cajado, começou a aparecer algo que era estranho para o estado que as coisas estavam, círculos de luzes como pequenas lâmpadas começaram a se acender bem na fronteira das trevas e da luz, luzes como milhares de vaga-lumes, como milhares de átomos com seus elétrons e prótons se reprimindo um ao outro até que um ser surgiu logo abaixo do cajado, esse ser era humanóide, embora o humanos ainda não existissem para tal comparação, o fato é que um ser parecido com o que seria um ancião humano surgiu logo abaixo do cajado. Faça o seguinte vamos ver esse ser de perto para que você possa ter suas próprias conclusões, você estará ali de frente para esse novo ser na fronteira entre as trevas e a Luz quando chegar ao Três, Um e Dois e Três...
Agora você está flutuando no nada, seus movimentos estão em câmera lenta, você move seus braços e eles te obedecem de vagar como se você estivesse de baixo da água, olhe para o lado, o lado esquerdo é só sombras, olhe para a direita, sua cabeça se vira de vagar, como se o tempo não existisse, e ele não existe, ainda não, por isso esses movimentos parecem durar anos,  ou séculos, ou minutos ou segundos, não há como saber o tempo não existe, seus olhos focalizaram o lado direito agora, é totalmente o oposto do lado esquerdo, pois no lado esquerdo você não viu nada, pois era escuro neste é diferente, você também não vê nada mas por que é muito claro, olhe agora para frente, você está de frente para um senhor humano, você só o vê ali por que a uma luz contornado ele do lado esquerdo, e uma sombra contornando o lado direito dele, repare bem no senhor a sua frente, ele tem barbas e cabelos longos, do lado direito os fios são brancos muitos brancos e finos, do lado esquerdo os fios também são finos e lisos, mas são negros, ele estava vestido, com uma túnica, essa túnica também era dividida em preto e branco, estique o braço toque o rosto dele, sinta a pele quente, primeiro o lado direito, sinta a textura fina do cabelo liso do velho sinta a paz que vem com o toque, agora o lado esquerdo, de vagar, isso sinta o mesmo calor a mesma textura dos fios lisos tanto do cabelo quando da barba, mas repare nos sentimentos que esse lado causa, medo, angustia, e raiva, sentimentos não muito bons, se afaste um pouco do ser, pois ele começou a se mexer, movimentos inconscientes como se começasse a ventar forte ali, os fios tanto do cabelo quanto da barba de ambos os lados começam a ficar rebeldes, o tecido da túnica também começa a se mexer, em câmera lenta, os braços também, como se aquele ser estivesse embaixo da água.  
 E agora é melhor você sai dali, em Um Dois e Três...
O ser tomou consciência de que existia, seus olhos se abriram, ambos pareciam que a Iris e o cristalino do olho dele estivessem diluídos com se dentro da orbita ocular tivesse um liquido, e foram tomando forma, como se fossem um gás, e o olho de ambas as partes se firmaram como o olho de um ser humano, a do lado direito, foi escurecendo até tomar uma tonalidade de verde igual a da pedra que estava no topo do cajado, enquanto a do lado esquerdo, foi escurecendo e se tornando negro. As partes logo que percebeu a outra, se odiaram, para a parte negra era fácil pois era formado por ódio, e a parte branca conheceu um outro sentimento, e ambas se odiaram, queriam se destruir, ali mesmo e quando tomaram conhecimento do cajado logo acima viram que era a única arma que existia e as duas partes o desejaram, mas se levantaram instintivamente para alcançar o cajado, a mão direita tocou primeiro a madeira e se fechou envolta da haste do cajado, foi a primeira vitória do bem sobre o mal, no exato instante, e digo exato por que ali o tempo nasceu e começou a correr como o tempo passa, e no exato momento em que a mão esquerda também tocou o cajado, ouve uma explosão BAM, "a grande explosão" as duas partes se separaram e as trevas e a luz do universo romperam suas fronteira e começaram sua eterna luta, as duas partes de um único ser agora eram dois seres distintos que foram arremessados uma para cada lado do universo que agora existia, eles foram impelidos com a força da explosão e voavam a milhões de quilômetros por hora, o mago branco tornou-se Alexander, o portador do cajado já que foi ele quem portava o cajado de Ojased , enquanto o ser negro tornou-se Sheom o precito, o inimigo da luz, esse portava um cajado negro, as energias negativas do cajado de Ojased que no momento da explosão se separou do cajado branco dando origem a esse novo.
      Os dois magos, continuaram sobre o efeito de uma inércia poderosa, pois, "um corpo em movimento tende em ficar em movimento", e assim foi durante muito tempo, Alexander viajava sem conseguir parar, agarrava-se apenas ao cajado e colidia com diversos meteoros e planetas recém formados que se fragmentavam com o choque, e ele continuava em sua viajem forçada apesar dos choques violentos com esses astros, embora sua velocidade fosse diminuída, até que em fim ele parou, foi quando ele se colidiu com um planeta, como sua velocidade não era tanta, ele parou, o choque foi tão violento que poeira se levantou por décadas, o som do choque ecoou como a de uma explosão, terremotos sacudiram aquele planeta e o mago ficou grato por que sua viajem forçada chegará ao fim.
       Ele caminhou por aquele planeta vazio deserto sem vida,o qual ele chamou Terra, ele começou a imaginar como seria bom se existi-se vida ali. E foi assim, primeiro começou a pensar a imaginar, e ele não sabia a força que tem o pensamento, não sabia ainda como o pensamento pode moldar a energia do cosmos,e por conseqüência moldar a matéria, logo esse pensamento se tornou uma canção em sua cabeça, um pouco depois começou a cantarolar de boca fechada, uma música que ele não conhecia, na verdade que ele inventára aquela hora, na verdade uma música que surgiu e se juntou com seu pensamento, uma música poderosa, um som grave, ele caminhava pela terra rochosa e em algumas partes em chamas, cantarolando, a sua volta a matéria começou a tomar forma, água caiu do céu em forma de chuva apagando as chamas que ali existiam, junto a ela como acontecem em lugares áridos quando chove, cresceu a vegetação, claro que com o pensamento de Alexander a moldar a energia fora tudo muito rápido, arvores cresceram brotando da terra, animais surgiram do nada, animais de todas as formas e tamanhos, rugindo, latindo, rosnando, cantando... então eles surgiram da terra tomando diversas formas antes de se tornarem sua forma permanente, dessa espécie que agora surgia do "Barro" o pensamento de Alexander se concentrou, como sendo uma espécie para a todas reinar, uma para a todas governar, a raça humana.
     Alexander ficou de frente para essa nova raça, e a observou, a forma que ela tomou lembrava muito a dele, era a aparência que toda raça inteligente teria, Alexander olhou fundo nos olhos de um deles seus olhos verdes olharam fundo, e ali a consciência dos Homens foi ativada, e surgiu a Primeira raça inteligente do universo.
No exato momento em que Alexander deu a consciência aos Homens, ele teve Flashes, imagens dos sofrimentos que aquela nova raça iria sofrer, sussurros de orações que por milênios iriam ser proferidas, viu guerras, dor, fome e morte causadas basicamente por influência de Sheom, e como um pai se compadece do sofrimento de um filho, ele decidiu que nunca os abandonariam, mas como se o tempo o quisesse avisar de algo, ele teve uma visão na qual ele se viu ausente por eras incontáveis, em outra visão viu este planeta que ele acabara de presenciar o nascimento morrer, e decidiu o que ele iria fazer, mais uma vez ele voou, em direção ao infinito, desta vez com um propósito.
Viajou por mais anos do que se deu o trabalho de contar, até que chegou a um lugar no universo onde três planetas flutuavam juntos, ele decidiu que ali os estragos da destruição da Terra não chegariam, e foi ali que mais uma vez a canção foi cantada, ele ficou desta vez não andando pelo planeta, mas na frente da orbita dos três, aqueles que ele chamou de Éden.
Novamente passou a imaginar seu pensamento novamente começou a se transformar em música, mas ao contrário da última vez esta vez ele cantou, sua voz era o som de uma orquestra, que viajou pelo nada, desta vez ele criou um ser para ficar responsável pela criação dos rios e das montanhas, dos oceanos e suas praias e tudo o mais, esse ser juntou-se a sua musica, mas em um ritmo diferente e assim o ser foi pensando em todas as coisas do éden, enquanto o mago, criava os seres daquele mundo, nesse mundo ele havia decidido que iria dar magia a elas, para que elas pudessem proteger seus primogênitos quando Sheom atacasse a esse planeta também, foram diversos os seres humanóides que podiam fazer de quase tudo, coisa maravilhosas, e assim foram criados os Elfos, os Magos, os Ishins e todo o resto.
Em um desse planetas ele tomou parte da Criação da natureza foi no planeta Serenit em um dos Três do Éden que ele Criou a duas coisas. Na extremidade norte em meio ao eterno gelo de lá ele criou um palácio para que o tempo morra-se, ali ele criou o oráculo, um espelho por onde as linhas do tempo, Passado, presente e futuro iriam poder ser vistas, e para proteger o Oráculo ele criou os Guardiões, seres que teria por missão vigiar o tempo, e observar o rumo em que as coisas tomavam. 
 E por fim cansado, ele foi até a outra extremidade daquele planeta e ali, criou um lugar onde a energia de Cada Homem ou Criatura iria depois que seu corpo não pudesse mais a segurar,esse lugar chamou de Garden, um lugar onde apenas os que mantivessem suas Energias puras poderiam achar a entrada, pois caso contrário iriam ficar vagando pelo caminho a qual ganhou o nome de Gehena .
Então, antes de adormecer ele falou, e todas as criaturas do Éden puderam ouvi-lo e vê-lo:
- Criaturas do Éden! Eu criei vocês por um único propósito, quando chegar à hora vocês irão acolher e proteger a raça dos Homens,pois eu assim como a vós os criei, e os fiz meus filhos, essa raça foi à escolhida por mim para sobre todas Reinar, e vocês são seus súditos.
E essa foi a única Lei que o portador do cajado os deixou, depois no palácio do amanhecer ele se entregou a exaustão e adormeceu, por milênios, uma vez apenas em todo esse tempo ele acordou, e energia já quase totalmente re-posta viajou junto com seu pensamento, viajou em direção a caravana dos Humanos sobreviventes da destruição da Terra, e por seu pensamento ele em uma nave se fez presente, essa nave era a que vinha a frente do comboio e traziam a família real, Alexander pode sentir que naquela nave havia uma mulher grávida, ele achou a coisa mais fantástica, a forma em que a mulher trazia seu filho em seu ventre, ele nunca tinha visto a vida ser criada assim, pois ele apenas tinha visto a energia ser moldada pelo pensamento, se aproximou e tocou no ventre dela, ali a energia de Alexander se encontrou com a criança e a transformou, essa criança seria o único humano com dons mágicos, ele seria a criatura mais poderosa do universo perdendo apenas para o próprio Alexander e talvez Sheon com seus cajados. E então voltou para o palácio do amanhecer e no céu do Éden ele viu uma estrela que de repente havia dobrado de tamanho sumir. Ele soube então a Terra tinha se Extinguido...