- Daiane -
─ Ai, cabeça doendo ─
murmuro ─ Porque isso sempre acontece quando eu acordo? ─ eu estou com as mãos
na cabeça ─ Será que tenho que procurar um médico, será que é câncer, será que
a Cris me contaminou?
─ Béeee ─ Marlon grita ao
meu lado imitando o som de uma campainha desses game shows quando o
participante erra a resposta ─ Que sorte a sua, acordei meio médico hoje ─ eu o
olho por entre os dedos, ele finge olhar uma planilha ─ Dor de cabeça ao
levantar ─ ele coça o queixo, depois bate na mesa com as duas mãos levantando
da cadeira aproxima seu rosto do meu e fala ─ A senhorita já tentou acordar
mais cedo? Dormir menos?
─ Idiota! ─ eu o empurro,
ele sorri. Olho para o relógio já são quase onze e meia.
─ Bom dia ─ Marcelo entra na
cozinha.
─ O que faz aqui? ─ eu
pergunto olhando novamente ao relógio para ter certeza que eu vi certo ─ Você
não deveria estar no trabalho?
─ Me colocaram para fazer
serviço de rua hoje ─ ele se senta em uma cadeira, se vira para Marlon ─ que
cheiro estranho ─ ele chega mais perto ─ é você?
Marlon o olha ofendido, e
sai do apartamento sem olhar para ele.
─ Malvado ─ eu resmungo.
─ O que eu falava? ─ ele
para por um minuto ─ ah, sim! Me mandaram no banco, estou na fila ainda ─ ele
sorri malicioso ─ depois eu vou no banco aqui da frente, o Nando já chegou?
─ Não sei ─ respondo.
─ O que temos para o almoço?
─ ele pergunta.
─ Rá, você trouxe algo junto
contigo?
─ Não ─ ele levanta e começa
a revirar a geladeira ─ o que foi isso? ─ ele olha para a sala, eu também ouvi
─ foi um ronco?
─ Foi ─ saímos correndo para
a sala, uma pessoa esta de bruços no sofá, esta todo sujo e roncava alto, olho
para os lados e focalizo Marcelo com o escorredor de louça nas mãos ─ Sério?! ─
eu falo para ele ─ esse foi o objeto mais ameaçador que encontrou?
Ele começou a fazer uns
sinais com as mãos, e sussurra algo inteligível.
─ O que?
─ Vai ver quem é ─ ele resmunga
─ te dou cobertura.
─ Que cavaleiro ─ eu reviro
os olhos.
─ Ninguém pode saber que eu
estou aqui lembra? Estou dando nó no serviço.
Eu vou ver quem é o cadáver
no sofá, quando o cutuco, Nando pula do sofá gritando.
─ Cara que susto! ─ eu grito
Marcelo aparece na porta da cozinha.
─ Quem é? ─ ele pergunta.
─ Obrigado pela cobertura ─
ele vem com o peito inflado.
─ Eu sabia que não tinha
perigo algum ─ “mentiroso, cagão na certo
reconheceu o Nando agora.” ─ o que faz aqui? ─ ele pergunta.
─ Ta chovendo a obra parou,
tenho à tarde de folga.
─ Você está puro um zumbi
primo ─ Nando esta todo coberto de cimento e parece que ainda não acordou.
─ Se tem uma coisa para qual
eu não sirvo, é construção civil ─ ele fala meio dormindo.
─ E por que não para? ─ ele
ficou procurando por emprego desde o carnaval, e o único que tinha encontrado
era como pião em uma construtora.
─ Não posso ─ ele se
endireita no sofá ─ não quero ficar dependendo da minha mãe, ou vivendo da
caridade de vocês para sempre.
─ Não vai ser para sempre ─
eu começo ele ergue uma mão para me calar ─ pense nos seus estudos... ─ tento
então.
─ Já que você não vai
trabalhar, posso comer isso? ─ Marcelo já está comendo o que seria o almoço de
Nando.
Passado das uma da tarde, Marcelo se levanta do sofá.
─ Vou trabalhar ─ fala ele,
Nando esta dormindo na sala mesmo, nem almoçou, meia hora depois, ouço barulho
de tiros vindos da rua, Nando se acorda assustado.
─ Ai meus deus, é tiro! ─
Marlon entra correndo no apartamento gritando, mais tiros ecoam pela janela ─
Caramba a janela esta aberta! ─ ele vai correndo fechar, depois volta correndo
e se joga no sofá.
─ Por que você fechou a
janela loco? ─ pergunto.
─ Por quê? ─ ele quase grita
─ não imagina o perigo? Já pensou se entra uma bala perdida por ali? ─ eu e
Nando nos entreolhamos.
─ Você sabe que a bala iria
entrar aqui mesmo se ela estivesse fechada não sabe? ─ Nando pergunta, Marlon
ri nervoso.
─ É claro que eu sabia...
sei, espere... Quase me enganou, ─ ele
senta no sofá, parece estar confuso ─ gente mais foi perto daqui, ─ eu olho
para a TV, na tela imagens aéreas da rua onde fica nosso prédio, com a manchete
“Roubo a banco em andamento”.
─ Você nem imagina o quanto
─ respondo.
─ Hei ─ Nando esfrega os
olhos ─ essa não é a nossa rua?
─ É sim ─ concordo, a imagem
se aproxima e corta para uma câmera terrestre, as primeiras viaturas de policia
já estão cercando a área, a imagem da TV focaliza dentro da agencia bancaria.
─ Aquele lá é...
─ O Marcelo! ─ nós três
reconhecemos, pode-se ver a imagem de pelo menos quatro pessoas encapuzadas e
armadas, no meio delas estava Marcelo, a imagem não tinha o áudio do interior
da agencia, mas nem precisávamos disso para saber que ele gritava, ou melhor
berrava desesperado.
─ Meu primo ─ Nando murmura
para a TV ─ um exemplo de coragem.
Part2
─ Ai meu deus ─ Marlon
coloca a mão a frente da boca ─ Vou ligar para ele.
─ No mínimo tiraram o
telefone dos... ─ Nando começa a falar,a imagem de Marcelo na TV para de
gritar, e começa a remexer no bolso.
─ Alô ─ Marlon fala ao celular
─ Marcelo?
─ Ele atendeu? ─ Pergunto.
─ Shii ─ Marlon me cala ─
Docinho você está na TV.
─ Põe no Viva-Voz ─ Nando
Fala.
─ Sim, de um tchauzinho! ─
Marlon continua a falar ignorando Nando ─ você está? aqui não apareceu, e
depois dizem que é ao Vivo ─ eu tomo o celular da mão de Marlon e coloco no
viva-voz, quando a imagem de Marcelo começa a acenar para a câmera ─ Ah! O
Marcelo da TV começou a acenar pra nós gente ─ Marlon começa a acenar de volta.
─ Mas agora eu não estou
acenando ─ a voz de Marcelo fala do telefone.
─ Que negocio mais furado
isso ─ Marlon cruza os braços.
─ Primo como você está? ─
Nando corta o assunto aflito.
─ Ah, Nando eu estou no viva
voz? ─ ele pergunta ─ estou mesmo aparecendo na TV? O que eu estou fazendo
agora? ─ na TV um dos bandidos começa a se aproximar de Marcelo.
─ Tem gente vindo ─ eu falo
no mesmo instante que uma voz feminina fala ao fundo na linha.
─ Olha vejamos aqui ─ fala a
voz ─ temos um querendo bancar o herói e falando com a policia?
─ O que? ─ Marcelo parece
assustado ─ não, eu estou falando....
─ Não acredito! ─ a mulher
responde interrompendo ─ Marcelo?
─ Hum, desculpe? Nós nos
conhecemos...
─ Oh sim! ─ a mulher fala podia
jurar que com um sorriso frio.
─ Desculpe não estou
reconhecendo sua voz, sabe eu geralmente evito manter relações com
criminosos....
─ Não está me conhecendo? ─
a pessoa tira o capuz, parece uma mulher morena, pela imagem da TV não da para
ter certeza.
─ Hum ─ Marcelo fica parado
olhando para a figura a sua frente.
─ É claro que não conhece,
típico...
─ A louquinha !Não é? Hã...como
é mesmo o nome? ─ eu quase me lembro esta na ponta da língua, Marlon chega mais
perto da TV.
─ Scheila? ─ ele me olha com
as sobrancelhas franzidas.
─ Mas é claro que conheço ─
Marcelo fala cheio de segurança ─ É Scheila não é?
─ Você se lembra?! ─ ela
parece emocionada ─ não importa ─ ela volta a falar brava ─ Isso não concerta as coisas eu encontrei
outra pessoa, uma que me da valor.
─ Porra Scheila ─ uma outra voz fala do outro lado da linha, embora
mais grossa ainda feminina, essa me soa estranhamente familiar ─ Como é que
você me tira o capuz esse lugar ta cheio de câmeras!
─ Hã desculpa, mas é que parece
que estamos na TV! ─ Marcelo fala.
─ E quem é você? ─ a segunda
voz pergunta.
─ Esse é o meu ex ─ Scheila
fala.
─ Agora eu estou conhecendo
─ a segunda voz fala ─ é aquele pulha do Marcelo não é?
─ É Sim ─ Scheila fala ─ ele
é que está com a policia no telefone.
─ Como é que é? ─ a segunda
voz fala arrancando o telefone de Marcelo com violência ─ Alô! ─ um arrepio
agourento percorre minha espinha.
─ Hum, Aline?! ─ eu
respondo, o nome dela surgiu na minha mente.
─ Como raios você sabe meu
nome? ─ ela grita ao telefone, na mesma hora eu desligo o telefone.
─ Bom ele vai se safar não
é? ─ falo, de repente a TV parece tão interessante.
─ O que? ─ Nando quase grita
─ você desligou?
─ Sim, e... ─ o telefone
começa a tocar novamente, é o numero de Marcelo, eu desligo.
─ Qual é?! Me passa o
telefone aqui, quero saber como está o meu primo!
─ Bom acho que todos nós
pudemos ver que ele está em uma bela de uma enrascada ─ Marlon fala, o telefone
começa a tocar novamente Nando o toma de minha mão.
─ Alô ─ fala ele ─ Fernando
o primo daquele que está seqüestrado ─ uma pausa ─ sim a Daiane esta aqui ─ ele
fala me olhando ─ não ela não vai falar com, seja lá quem for você, eu quero
falar com o meu... ─ uma pausa ele arregala os olhos, fica por um segundo em
silencio e depois abaixa o celular.
─ O que aconteceu? ─ Marlon
pergunta.
─ Eles falaram que vão matar
o Marcelo ─ ele fala, Marlon solta um gritinho histérico ─ Mas parece que antes
vão torturá-lo, se a Ane não for ao banco.
─ Eu!? ─ sinto minha face
ferver.
─ Mas a policia vai resolver
tudo, não vamos expor ninguém ao perigo desnecessário ─ Nando fala.
Todos ficamos em silencio,
fitando a TV, a imagem da figura encapuzada que sei que é Aline falando ao
telefone está em tela cheia, e a repórter fala que ela esta ao telefone com a
policia negociando termos de rendição.
O telefone toca novamente,
Nando recusa a chamada, depois de cinco minutos a TV volta a mostrar imagens ao
vivo, vemos um corpo caído no chão de traz de uma mesa, reconhecemos que é o de
Marcelo.
Outra figura se aproxima de
Marcelo e o carrega para uma das salas, o telefone toca poucos segundos depois,
Nando atende.
─ Para onde vocês levaram o
meu primo? ─ ele grita ─ Ah! Marcelo?! ─ ele parece confuso ─ sim,... é o
Marcelo, ele quer falar contigo ─ ele me oferece o telefone.
─ Hum, alô?! ─ eu atendo.
─ Ane? ─ é a voz de Marcelo,
mas ela soa ofegante, e um tanto assustado ─ Ane me ajuda, eu to lascado, a Scheila
louca me pego aqui, se lembra dela né? ─ ele pergunta ─ Ane, eles falaram que
vão me matar, Ane, eles estão fazendo coisas comigo ─ ele faz uma pausa depois
quase grita ─ eles estão fazendo coisas comigo, e eu estou começando a gostar!
─ outra pausa ─ Me tira dessa, por favor.
A linha cai, eu paro e
reflito na situação por um momento, então eu já sei o que fazer, eu tenho que
salvar o Marcelo, Nando começa a falar algo que nem ouço olho para Marlon, ele
entende.
─ Não, não, não ─ ele se
levanta do sofá ─ o senhor não vai a lugar nenhum ─ ele senta no colo de Nando,
eu saio correndo, Nando tenta me seguir, mas não consegue se mover ─ quietinho
querido ─ Marlon fala para ele, eu saio do apartamento.
Part 3
Entrar no banco não foi o
problema, a policia não esperava que alguém fosse louco para fazer o que estava
fazendo, foi quando cheguei a porta giratória é que parei para pensar no
tamanho da loucura que estava fazendo. Eu, de vontade própria, estava entrando
em um lugar cheio de pessoas armadas, perigosas e loucas o suficiente para
assaltar um banco, e além disso com uma ex-namorada no meio dessas pessoas.
─ Veja como esse mundo é
pequeno ─Aline me recepciona assim que entro no banco, ela esta encapuzada, mas
eu sei que é ela.
─ Que decadência hein amiga?
─ falo eu com minha melhor voz fria tentando maquiar meu medo com arrogância ─
no meu tempo você não era bandida, ou era? Minha falta foi um golpe e tanto
para ti não foi?
─ Eu quase nem me lembrava
que você morava por aqui ─ ela fala indiferente, dou uma olhada nos reféns,
todos amarrados, não havia muitas pessoas, se contavam dez clientes era muito,
haviam duas freiras em um canto rezando, um outro senhor próximo a elas e o
restante todos amarrados na parede oposta aos caixas, junto com os funcionários
─ foi o Marcelo que me lembrou.
─ Cadê ele? ─ eu pergunto
agressiva, ela já esta perto de mim e segura meu braço ─ nós vamos ao encontro
dele, por aqui.
Não sei quem são os outros
que invadiram o banco além de Scheila e Aline, mas não da para negar que nenhum
deles é um grande gênio, enquanto ela me conduz para uma salinha fechada,
reparo que não há ninguém cuidando dos reféns.
Na salinha para a qual Aline
me conduz encontro Marcelo jogado em um canto à sala parece um escritório, está
todo revirado papeis cobrem o chão, Scheila está ao lado de Marcelo que parece
inconsciente.
─O que fizeram a ele? ─ eu
pergunto indo para perto dele.
─ Nós? Nada ─ Scheila fala.
─ Apenas demos um coquetel
de vodka, cogumelos e dipirona que deve estar fazendo ele ter uns sonhos bem
loucos ─ Aline fala ─ ele grita mais do que uma velhinha ─ posse sentir a
respiração dele, eles não o mataram ─ vai acordar em alguns minutos, até lá...
─ Amor ─ Scheilainterrompe,
“amor?!”.
─ O que eu falei sobre me
interromper mulher? ─ Aline resmunga.
─ Espere um minuto “amor?” eu ouvi direito? ─ pergunto
espantada.
─ Sim ─ Scheila se aproxima
de Aline e a abraça ─ eu estava perdida quando esse canalha me deixou ─ ela
olha para Marcelo que em seu sonho resmunga algo que não entendo ─ a Aline me
ajudou a superá-lo.
─ Mas quando você estava com
ele ─ eu vasculho minha memória ─ eu estava com você! ─ eu fuzilo Aline com o
olhar.
─ Veja só como age o destino
não é? ─ Aline fala.
─ Uol! ─ exclamo ─ vocês
duas se merecem.
─ Obrigado ─ Scheila me fala
sem notar que era um xingamento ─ você é até que bem compreensiva ─ de repente
uma idéia me ocorre, uma louca, mas o que até ali não fora uma loucura.
─ Bom, felicidades a vocês ─
Minto eu ─ hei! ─ grito de repente como se tivesse tido uma idéia ─ quando o
Marcelo acordar nós podemos descobrir quem de vocês tem o melhor sexo? ─ depois
que as palavras saem da minha boca vejo que elas são mais absurdas do que
pareceram de inicio.
─ Como? ─ Scheila pergunta
confusa.
─ Ué nunca se perguntaram
quem de vocês é a melhor? ─ eu continuo ─ Não percebe que temos aqui? Você ─ eu
aponto para Scheila ─ teve com ele ─ aponto para Marcelo que esta se babando ─
e bom... ─ eu olho para Aline.
─ Isso é ridículo ─ Aline
fala.
─ Não, eu até que gostaria
de saber ─ Scheila se separa de Aline “ela
mordeu a isca”
─ Eu conheço seu rosto ─
Marcelo acorda, mas acho que ainda esta delirando.
─ Por que esse rizinho? ─ Scheila
empurra Aline ─ Você está com medo de descobrir que eu sou melhor não é?
─ Não...
─ Ah como você se acha! ─ Scheila
começa a estapear Aline, e as duas começam a rolar no chão, “é agora, nossa chance” .
─ Vamos campeão ─ eu passo o
braço em torno de Marcelo para o deixar de pé.
─ Oba vamos passear! ─ ele
balbucia ─ Nossa, que legal você sabe voar!
─ Shii ─ eu o calo.
Ao sair da sala, vejo que os
cúmplices das duas ainda não voltaram seja lá para onde foram, ninguém guarda
os reféns, eu deixo Marcelo no chão próximo a um deles e desamarro o refém mais
próximo, todos correm para a saída depois de livres, o senhor que estava
próximo as freiras quando entrei vem me ajudar a carregar Marcelo.
─ Muito obrigado minha filha
─ ele fala ─ nunca na minha vida pensei em passar por uma situação dessas.
─ Loucura não é? ─ falo, a
adrenalina esta a mil, olho por cima do ombro, ninguém nos segue.
─ Qual é a situação lá
dentro? ─ um dos policiais vem ao nosso encontro.
─ Acho que somos os últimos
─ eu falo ─ há duas pessoas brigando na sala do gerente, os outros eu não sei,
não deixaram ninguém nos vigiando.
Os oficiais entram no banco
em fila outros conduzem os reféns para as ambulâncias que estão mais para o
lado.
─ Eu acho que vou vomitar ─
Marcelo fala, eu o largo no mesmo instante, ele cai de cara no chão ─ Ops ─
murmuro, olho para a agencia os policiais já estão trazendo cinco pessoas
rendidas.
─ Quem dera o Brasil só
tivesse bandidos idiotas como estes ─ o senhor ao meu lado fala sorrindo
aliviado.
********Mais Tarde*********
─ Que Bom que não houve
pânico ─ Marcelo se joga no sofá, já é noite quando voltamos para o
apartamento.
─ Que bom mesmo não é? ─
Nando fala em deboche, o telefone de Marcelo toca.
─ Alô! ─ ele atende ─ oi
dona Daizy, não... Sim... pois então, Ok! Até ─ ele desliga o telefone ─ hei
Nando ─ fala ele ─ você quer mudar de emprego não é?
─ De novo isso? ─ Nando
revira os olhos.
─ Não quer? ─ Marcelo franze
a testa.
─ É claro que quero, venho
dizendo isso desde que comecei, mas fazer o que é o que temos por agora.
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